Amaro Sales defende ampliação de crédito para MPEs no seminário Pense nas Pequenas Primeiro

25/04/2018   16h40

 

Na abertura do 5º Seminário Pense nas Pequenas Primeiro, nesta quarta-feira, 25, o presidente da FIERN e do Conselho Temático da Micro e Pequena Empresa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Amaro Sales de Araújo, afirmou que não acredita no aumento da oferta de crédito por decreto. Segundo ele, a lei da oferta e da procura é o melhor cenário para as micro e pequenas empresas (MPEs), e defendeu que o Banco Central regulamente o mais rapidamente as startups de serviços financeiros (Fintechs) para ampliar a competição na área de crédito.

 

“Hoje o crédito está concentrado em apenas quatro bancos. Isso é um problema. A oferta de crédito deveria ter livre concorrência”, diz Amaro Sales. O evento acontece na sede da CNI, em Brasília, e aborda os desafios para a retomada do crédito.

 

Amaro Sales de Araújo defendeu em seu discurso de abertura do evento incluir as Micro e Pequenas Empresas na pauta prioritária dos Governos e das instituições. Para ele, é mais que uma atuação estratégica, é um direcionamento indispensável ao desenvolvimento econômico. “O decisivo apoio às pequenas empresas é uma das mais eficientes alternativas para o desenvolvimento do Brasil”, frisa.

 

O industrial também destacou a necessidade de acesso ao crédito mais barato e desburocratizado. E o empenho do COMPEM e da CNI, com estímulo para que as Federações possam desenvolver os NACs (núcleos de acesso ao crédito) envolvendo Sindicatos e empresas.

 

Além disso, pontuou ser necessário ao desenvolvimento das MPEs: a simplificação de processos de licenciamento; desburocratização; acesso facilitado ao crédito; compras governamentais e acesso a novos mercados; estímulo à inovação e justa tributação. Ele também mencionou o projeto da CNI de fomento ao uso da nanotecnologia nas empresas industriais.

 

O COMPEM/CNI abriga representantes de 25 Estados do Brasil, seis entidades setoriais e uma representação de jovens empreendedores. Entre as principais ações do Conselho, em 2017, o presidente ressalta a atuação de acompanhamento e interlocução com o Congresso Nacional, com a entrega de Documento com Prioridades da MPEs ao Presidente da Frente Parlamentar Mista, Deputado Jorginho Mello; o PLP 341/2017 (Revisão da Lei Geral das MPEs); e ao Refis para Micro e Pequenas Empresas.

 

 

Ao estender aos micro e pequenos empresários, optantes do Simples Nacional, às condições oferecidas aos demais contribuintes no Programa Especial de Regularização Tributária, explica Amaro Sales, foi corrigido um equívoco danoso a competitividade das empresas. “O Refis é uma questão de sobrevivência para empresas de pequeno porte”, disse.

 

Acesso a crédito e Indústria 4.0 são temas de painéis

Durante o Seminário, a CNI apresentou propostas para facilitar o acesso ao crédito ao deputado Otávio Leite, relator da Comissão Especial do projeto que trata da revisão da Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas. No primeiro painel, foram abordados os desafios para a retomada do crédito, bem como o papel das fintechs como novas alternativas para o financiamento de MPEs, que teve como palestrantes o CEO da Conexão Fintechs, José Prado, e o secretário da Micro e Pequena Empresa do MDIC, José Ricardo Veiga.

 

Já o segundo bloco trata das oportunidades da Indústria 4.0 e da nanotecnologia para ampliar a competitividade de pequenos negócios, com o presidente da ABIT, Fernando Pimentel; o coordenador de desenvolvimento e Inovação em Tecnologias do MCTIC, Leandro Berti, e o deputado federal, Thiago Peixoto (PSD).

 

Participaram também do evento, os deputados federais, representantes da Frente Parlamentar Mista da Micro e Pequena Empresa, Jorginho Melo e Izalci Lucas Ferreira.