Cenário econômico e desafios na área ambiental são debatidos em reunião de diretoria da FIERN

27/10/2017   20h22

 

A conjuntura econômica brasileira e do Rio Grande do Norte – que sofreu retração no mês agosto, após um terceiro trimestre de crescimento puxado pelo consumo das famílias – foi apresentada pela Gerente da Unidade de Economia e Estatística da Federação das Indústrias do RN, Sandra Barbosa, durante reunião da Diretoria da FIERN, realizada nesta sexta-feira, dia 27, na Casa da Indústria, conduzida pelo presidente Amaro Sales de Araújo. Além deste tema, iniciativas na área ambiental também foram abordadas durante o encontro que reuniu os presidentes de Sindicatos, diretores e gestores do Sistema FIERN.

 

O presidente da FIERN destacou a importância do setor produtivo levantar bandeiras em prol do desenvolvimento econômico, com definição de pautas e iniciativas que abrangem diversos setores e não apenas esperar as ações governamentais. Destacou ainda os avanços com a modernização da legislação trabalhista e os desafios com a legislação ambiental. “O caminho do desenvolvimento não é fácil. Esse debate vem contribuir com a construção de medidas para dar condições ao empresário de trabalhar, de promover o desenvolvimento. Temos a oportunidade ímpar de fazer o país voltar a crescer”, afirmou.

 

 

Amaro Sales destacou a importância do assento da FIERN no Conema. O vice-presidente do SIESAL-RN, Airton Torres, trouxe a proposta, encabeçada pelo conselheiro do Conema e diretor da FIERN, Roberto Serquiz, para a realização de pesquisa junto às empresas industriais do RN sobre informações e dados da legislação ambiental. “A ideia é antecipar informações das empresas, por meio dos Sindicatos, para ter maior integração de dados disponíveis junto aos órgãos de controle e fiscalização ambiental e, desta forma, facilitar o trâmite de processos, regulamentações e licenciamentos necessários as operações da indústria”, explicou Torres.

 

 

Em sua apresentação, Sandra Barbosa mostrou gráficos com indicadores econômicos que apontam para queda de -0,4% no consumo das famílias, após meses de crescimento, o que gerou variação do PIB de 0,21%. No caso do Rio Grande do Norte, a economista da FIERN afirma que o ritmo é ainda mais lento que a média nacional agravado sobretudo pelas dificuldades do setor de petróleo e pela crise fiscal de Estado e municípios, com consequente atrasos de pagamento de salários que reduz ainda mais o poder aquisitivo das famílias e aumenta a inadimplência.

 

“Aquela euforia inicial de que economia iniciou um processo de recuperação das perdas, passa agora por uma ressaca do chamado agosto negro”, resumiu a economista. A estimativa do Banco Central para 2017 é de crescimento de 0,5% do PIB do RN e no Brasil de 0,7%.

 

A gerente da Unidade de Economia da FIERN ressaltou a necessidade de reformas previdenciária para que a economia volte a crescer. “A Reforma da previdência é imprescindível para que se possa cumprir o teto dos gastos, retomar os investimentos e fazer a economia girar novamente a um patamar de 4%”, ressaltou Sandra Barbosa.