COERE debate ampliação da micro e minigeração de energia no RN

23/10/2017   16h10

 

A ampliação da micro e minigeração de energia no Rio Grande do Norte foi a principal discussão na reunião da Comissão Temática de Energias Renováveis da FIERN (COERE), nesta segunda-feira (23), na Casa da Indústria. Uma alternativa para os consumidores, sejam residenciais ou empresariais, este tipo de geração usa fontes alternativas para redução das despesas mensais dos usuários e reduzir o impacto ambiental.
Presidente da COERE, o empresário Sérgio Azevedo, destacou a importância de divulgar os benefícios, para o consumir, com a micro e minigeração. Ele afirmou que devem ser difundidas informações sobre a tecnologia para geração de energia solar. Também apontou que é preciso ampliar a oferta de crédito para estes investimentos.

 

 

O Vice-presidente da FIERN, Pedro Terceiro de Melo, participou da reunião do COERE e também afirmou que devem ser intensificadas as iniciativas para o incentivo ao aumento do uso das energias renováveis. Pedro Terceiro lembrou que, no Rio Grande do Norte, já há uma geração significativa de energia eólica, mas ainda é incipiente o uso de outras fontes alternativas.

 

 

Coube ao gerente de Regulação da Cosern, Dimitri Barros Pereira de Oliveira, fazer uma exposição sobre as características, vantagens e sobre como utilizar a micro geração. A minigeração, segundo ele, “é a instalação de geradores de pequeno porte, pelo consumidor, normalmente a partir de fontes renováveis”. Entre as vantagens, além da redução da tarifa, citou o baixo impacto ambiental, a melhoria do nível de tensão da rede no período de carga pesada e a diversificação a matriz energética.

 

No Brasil, a regulamentação permite que o usuário, ao instalar um destes geradores, abater a geração na tarifa cobrada pelo consumo e e, se houver excedente compensar em tarifas nos meses subsequentes. Mas este tipo de tecnologia ainda tem uma utilização limitada no país e no Rio Grande do Norte. Atualmente, há 16.201 micro geradores no Brasil, dos quais 250 estão instalados no Estado.

 

Em alguns países da Ásia e Europa, já nos anos 90 foram desenvolvidos programas que expandiram o uso desta alternativa. Estima-se que na Alemanha, por exemplo, os usuários de micro geração já produzem o equivalente a uma hidrelétrica de Itaipu.