Contas públicas preocupam economistas que participaram do “Motores”

18/09/2017   12h07

 

As implicações da situação das contas públicas para a retomada do crescimento do Rio Grande do Norte — em um ritmo mais intenso — estiveram em debate na 31ª Edição do Seminário Motores do Desenvolvimento, projeto realizado pelo jornal Tribuna do Norte, Sistemas FIERN e FECOMÉRCIO e UFRN.

 

Economista Raul Veloso

O economista Raul Velloso destacou que somente medidas que incentivem a recuperação da economia, e o consequente fim da recessão, poderão colocar as receitas governamentais em patamares que permitam o reequilíbrio.

 

 

“Depois, teremos de equacionar o problema estrutural, principalmente do lado do gasto, que cresce naturalmente a taxas muito elevadas. Sozinha, a PEC [Proposta de Emenda Constitucional] do Teto dos Gastos é um remendo difícil de sustentar”, disse Velloso.

 

Consultor Cláudio Porto

Coube ao consultor Cláudio Porto, da Marcoplan, tratar da economia do RN. Os dados mostraram a fragilidades das contas públicas. O estudo mostrou que entre 2005 e 2015 houve uma piora na qualidade da infraestrutura e dos investimentos.

 

O economista Eduardo Giannetti da Fonseca alertou para as consequências nas mudanças demográficas, com a tendência de envelhecimento da população e do número de filhos por famílias, nas contas públicas. Essa tendência, disse o economista, aumenta a proporção e aposentados para cada pessoa trabalhando.

 

Economista Eduardo Giannetti da Fonseca

 

Com isso, nas próximas décadas, haverá uma elevação do comprometimento do PIB com previdência social, hoje em 13%, algo que vai deteriorar ainda mais, analisa ele, as contas públicas. Para o economista, a reforma previdenciária, com definição de idade mínima, se não for aprovada neste ano, terá que ser em 2018 ou, no máximo, em 2019.

 

Giannetti destacou também que é urgente de mudanças na previdência dos servidores públicos, que têm regras que garantes mais benefícios aos funcionários inativos do que nas aposentadorias do INSS.

 

Presidente do Sistema Fecomércio, Marcelo Queiroz

Durante o seminário, presidente do Sistema Fecomércio, Marcelo Queiroz, defendeu a “soma de esforços para que a máquina pública” trabalhe em prol do crescimento e melhoria do Rio Grande do Norte”. Ele disse que a atividade produtiva é fortemente afetada com a crise financeira.