Mais crédito e menos burocracia é discutido no Roadshow em Recife

14/07/2017   17h27

 

Entre as medidas apresentadas para melhorar acesso ao crédito, durante o lançamento do Roadshow “Investimento e Desenvolvimento do Nordeste”, realizado nesta sexta-feira (14), no auditório da FIEPE, o Banco do Nordeste anunciou a redução da taxa de juros para capital de giro. As taxas passam a ser de 0,88% ao mês para pequenas empresas e 1,32% ao mês para as grandes empresas. A medida, segundo o diretor de planejamento nacional, é importante para que as empresas, sobretudo industriais, que enfrentam problema de ociosidade da capacidade instalada, acessem o recurso para aumentar a produção. Além disso, a revisão nas normas permite a desburocratização dos processos.
“O Banco está preparado e com disponibilidade de atender às demandas que chegam por meio das entidades, Federações”, afirma o diretor de planejamento nacional do BNB, Perpétuo Cajazeiras. As demais regras para concessão do crédito, documentações exigidas e prazo para financiamento, que dependendo do contrato, pode chegar a 36 meses, permanecerão inalteradas.

 

O orçamento do Fundo para este ano é de R$ 26 bilhões. O Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) visa contribuir para o desenvolvimento econômico e social da Região e é destinado a produtores e empresas, pessoas físicas e jurídicas, além das cooperativas de produção, que desenvolvam atividades produtivas nos setores agropecuário, mineral, industrial, agroindustrial, de empreendimentos comerciais e de serviços na área de atuação da Sudene.

 

O assessor da área industrial do BNDES, Lucas Linhares, trouxe em primeira mão para os presidentes de Federações e autoridades que participam do evento a nova política territorial do banco. A Política de Dinamização Regional e fortalecimento de Redes de Cidades, que busca identificar como fomentar a economia em três tipos de localidades (cidades com renda menor que 75% da média nacional, cidades médias nas áreas prioritárias e microrregiões, como capital e regiões metropolitanas), com duas linhas de investimentos.

 

A ideia, explica Linhares, é “territorializar” a visão de desenvolvimento como forma de aproximar e por em prática uma missão do banco, que até então não foi efetivada, que é a redução das desigualdades sociais e regionais. “Com articulação de ações operacionais de desenvolvimento regional. Neste contexto, este encontro é bastante eficaz, pois reúne os principais atores de estados com os desafios comuns e que precisam de complementariedade”, afirma.

 

 

A consultora da CNI, Suzana Peixoto, apresentou durante o evento uma série de projetos e consultorias disponibilizadas pela Confederação Nacional das Indústrias aos empresários, como o Núcleo de Acesso ao Crédito, já presente em sete estados da região, que facilitam, por meio de capacitação a tomada de crédito necessário ao funcionamento das empresas. “O crédito é um dos fatores primordiais ao desenvolvimento da indústria da região Nordeste e do país. E a CNI tem mecanismos e projetos que facilitam essa compreensão de que tipo de crédito, como tomar, onde está sendo oferecido”, observa.