Presidente da FIERGS diz que EEBA dá origem a nova etapa na relação com a Alemanha

13/11/2017   10h28

 

Durante a cerimônia de abertura do Encontro Brasil Alemanha (EEBA), nesta segunda-feira, 13, no Teatro do SESI-RS, o presidente da FIERGS, Gilberto Porcello Petry, destacou que receber uma edição do EEBA é muito significativo para empreendedores gaúchos. “Para nós, é a afirmação de que a história rio-grandense, marcada pela imigração alemã, dá origem a uma nova etapa nas nossas relações econômicas. É, portanto, o anúncio de um futuro de vigorosa cooperação entre as duas nações”, afirmou.

 

O vice-ministro do Ministério de Assuntos Econômicos e Energia da Alemanha, Mathias Machnig, observou que as empresas que pretendem aderir à indústria 4.0 precisam “investir maciçamente” na qualificação de seus colaboradores para a nova era digital. Salientou, ainda, existirem grandes oportunidades de parcerias entre Brasil e Alemanha, citando infraestrutura e energia, especialmente eólica e fotovoltaica. “As relações de Brasil e Alemanha não dependem de composição de governos, vão muito além da política partidária. Vamos continuar cooperando”, disse.

 

Não por acaso, entre os destaques de toda a programação estão as rodadas de negócios. Elas contabilizam 97 empresas alemãs e 532 empresas brasileiras. A expectativa é que ocorram mais de 400 reuniões empresariais, com perspectiva de US$ 10 milhões de resultados. As empresas participantes são principalmente dos setores de Alimentos, Couro e Calçados, Energias Renováveis, Química e Petroquímica, Saúde e Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC). O evento é realizado em parceria com a Rede Enterprise Europe Network (EEN), coordenada pela Comissão Europeia, e tem apoio da Apex-Brasil.

 

Além disso, com a coordenação do governo do Estado do Rio Grande do Sul, o InvestRS inclui uma extensa área específica para informações, acesso a dados econômicos e análises que são relevantes aos interesses de atração de investimentos estrangeiros. “O Rio Grande do Sul vive um momento de travessia, superando as adversidades uma a uma, assim como os primeiros alemães que aqui chegaram”, enfatizou o governador José Ivo Sartori.

 

O presidente para a Amérca Latina da Federação das Indústrias Alemãs (BDI), Andreas Renschler, lembrou que as empresas alemãs que estão no Brasil se consideram parte da sociedade brasileira, e empregam 250 mil pessoas.

 

O ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira, assegurou aos empresários alemães que o País está definitivamente de volta à rota do crescimento. “Podem investir no Brasil. A crise já passou”, garantiu.

 

Foto: Dudu Leal