Presidente da FIERN destaca que Pacto pelo Desenvolvimento é ‘chave para sair da crise’

6/02/2018   10h49

O presidente do Sistema FIERN, Amaro Sales de Araújo, destacou que um Pacto pelo Desenvolvimento é necessário para o Estado encontrar o caminho da retomada, diante da atual situação de dificuldade nas finanças públicas. “As palavras chaves para Estado sair desta crise são ‘Pacto pelo Desenvolvimento’”, afirmou, durante entrevista ao “Jornal da 96 FM”, transmitido na manhã desta terça-feira, 06.

 

Ele disse que, com o “Mais RN”, o Estado dispõe de um projeto que pode ser uma bússola para orientar a retomada do crescimento. Também defendeu a importância da aprovação da Reforma da Previdência, no Congresso Nacional, e as medidas de ajustes, enviadas pelo governo para votação na Assembleia Legislativa.

 

Durante a entrevista, o presidente do Sistema FIERN lembrou que as entidades empresariais estão atuantes na defesa da reforma e citou uma reunião com deputados e senadores, na qual foram apresentados os números que mostram o crescente déficit da Previdência e pedido o apoio para as mudanças nas regras do Sistema Previdenciário. Ele avaliou que a reforma é um passo necessário para que o país possa ter uma recuperação econômica mais consistente.

 

Amaro Sales também comentou que o ajuste, anunciado pelo governo, pode ser um remédio amargo, mas necessário para que se tenha alguma recuperação nas finanças públicas estaduais. Ele disse que, sem essas medidas, dificilmente será possível sair do atual momento de crise. “Estamos em uma situação na qual não há recursos para investimentos e perdemos investimentos, porque não temos recursos”, alertou.

 

“O remédio é amargo, mas está sendo dado um direcionamento para o RN”, disse. Para Amaro Sales, as medidas teriam um grau de dificuldade menor, se adotadas no início do governo. “Não coloco na conta do governador. Mas, quando assumiu já devia ter tomado a decisão”, comentou.

 

O presidente do Sistema FIERN destacou que, no atual momento, em um ano eleitoral, as resistências são mais acentuadas contra um ajuste. “O Governo mandou vinte projetos [para votação na Assembleia e que integravam o pacote fiscal], mas foram aprovados apenas oito”. Afirmou ainda que os empresários têm dado a contribuição que lhes cabe para fomentar o desenvolvimento, gerar emprego e formar renda. “Esse é nosso papel e estamos cumprindo”.

 

Amaro Sales ressaltou ainda que o Sistema Indústria também colabora ao elaborar e apresentar o Mais RN, com um amplo diagnóstico da situação econômica do Estado e um estudo das potencialidades e caminhos para que tenha um crescimento sustentável. “Apresentamos o Mais RN ao governo e aos demais Poderes. O estudo também está disponível no portal da Federação das Indústrias. Mas não temos o papel de executar [as ações que cabem ao Poder Público]. Mas colocamos um caminho”.

 

Ele informou que o Mais RN será atualizado em março pela Macroplan. “Esse projeto apresenta todos os gargalos, inclusive esse problema das finanças”, acrescentou. “Trata-se de uma bússola para o desenvolvimento do Rio Grande do Norte. Está tudo construído, sinalizado para o futuro. Mas não adianta ter o projeto, o governo ter a vontade, se a Assembleia, o Tribunal de Contas e o Ministério Público não deram sua contribuição”, reafirmou.

 

O empresário ainda apontou que, apesar das dificuldades, há diversos setores que têm se destacado no Rio Grande do Norte, como o de energia renovável, a carcinicultura, a pesca oceânica, o turismo, o setor têxtil e de confecções, além dos demais segmentos que continuam em expansão, apesar das dificuldades.

 

Confira a entrevista na íntegra: