Presidente do Sistema FIERN defende as reformas na abertura do “Motores do Desenvolvimento”

11/12/2017   17h09

 

O presidente do Sistema FIERN, Amaro Sales de Araújo, fez uma defesa da reforma da Previdência — que está em tramitação no Congresso Nacional — e destacou que as mudanças que entraram em vigor na lei trabalhista devem proporcionar segurança jurídica nas relações de trabalho. O pronunciamento foi na abertura do seminário “Motores do Desenvolvimento do RN”, que teve a participação dos empresários Flávio Rocha, presidente da Rede Riachuelo; Sebastião Bonfim, proprietário e sócio do Grupo SBF, detentor da Centauro; além do ministro do Trabalho e Emprego, Ronaldo Nogueira.

 

A 33ª edição do “Motores do Desenvolvimento do Rio Grande do Norte” teve como tema “A reforma, o mercado e as novas relações de trabalho”. “A modernização das leis do trabalho é um fato que celebramos como marco de um novo tempo. É fato que inspira fundadas esperanças na direção da segurança jurídica, na manutenção e ampliação de empregos”, destacou Amaro Sales, ao abrir o evento.

 

Ele apontou como um dos principais avanços da modernização da CLT “o prestígio dado à negociação coletiva e à melhoria no ambiente de trabalho”. “Todos nós acreditamos que o novo marco resultará em mais segurança jurídica nas relações trabalhistas e, consequentemente, mais investimento e, em decorrência, mais empregos”, acrescentou.

 

O presidente da FIERN citou os números da mais recente Sondagem Industrial, pesquisa feita junto aos empresários do setor. Para 79% dos empresários ouvidos pela sondagem e que conhecem ou ouviram falar na reforma, as mudanças trarão segurança jurídica. Para 74% dos industriais potiguares, haverá um estímulo à geração de novas vagas.

 

“O ciclo virtuoso da economia, em síntese, não pode ser rompido e a empresa é parte necessária, indispensável e estratégica neste processo. Empresas apoiadas, menos problemas para o Estado resolver”, disse Amaro Sales.

 

 

Ele aproveitou para destacar que as entidades representativas do setor produtivo também estão preocupadas com o equilíbrio das contas públicas e consideram que a reforma da Previdência deve ser aprovada. “O Brasil, com conhecidos reflexos no Rio Grande do Norte já deveria ter feito a reforma previdenciária, inclusive corrigindo distorções do sistema público e privado, evitando benefícios que terminam penalizando a maioria das pessoas, tanto pelo desequilíbrio das contas públicas quanto pela ausência de recursos financeiros para os serviços básicos de atendimento à população”, disse, ao apontar que não é razoável conviver com um déficit anual de, aproximadamente, R$ 200 bilhões, provocados pelos regimes vigentes no país.

 

O presidente da FIERN fez uma saudação ao empresário Flavio Rocha. “Por oportuno, desejo saudar Flávio Rocha, um dos mais importantes empreendedores brasileiros, e destacadamente, um dos mais relevantes da história do Rio Grande do Norte. Nevaldo e Flávio Rocha merecem, em nome de todos do Grupo Guararapes, merecidas homenagens”, enfatizou.

 

 

O ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, um dos palestrantes do seminário, também fez um pronunciamento no qual demonstrou confiança nas implicações positivas das reformas e sugeriu que as diferença ideológicas não impeçam o diálogo sobre o melhor caminho para se promover o desenvolvimento. “Com as riquezas [e potencial que tem], o Brasil ainda sofre com a pobreza: temos 13 milhões de cidadãos sem ter de onde tirar a renda, outra 60 milhões não têm atividades econômica. Por essas pessoas temos que oferecer condições de riqueza para o país”, declarou. E disse que os investimentos precisam ter segurança jurídica para que ajudem na oferta de trabalho. “A modernização trabalhista veio com esse objetivo. O objetivo é dar segurança jurídica para a geração de mais empregos”, disse.

 

 

O empresário Flávio Rocha, diretor do Grupo Guararapes e da Rede Riachuelo, também foi um dos palestrantes desta 33ª edição do seminário. Ele citou o Pró-Sertão como uma referência de empreendimento que pode impulsionar o desenvolvimento. Mas, para Flávio Rocha, as pequenas indústrias de confecções no Rio Grande do Norte, implantadas de maneira mais sistemática no sertão desde 2013, poderiam ter tido um crescimento ainda mais expressivo, se não fossem os entraves que enfrentaram. “A costura tem um impacto social brutal porque ela pode ser descentralizada. Ela deflagra um efeito dominó de desenvolvimento da economia. A chegada de uma oficina em uma cidade pequena é notória. O cidadão que vivia de programas sociais ou de cargos nas prefeituras passa a ser dono de si e desenvolver sua economia”, afirmou.

 

 

O Motores do Desenvolvimento ainda teve a participação do vice-presidente do Sistema FIERN, Pedro Terceiro de Melo; do diretor tesoureiro, Roberto Serquiz; do diretor 1º secretário, Heyder Dantas; dos diretores da Federação das Indústrias Silvio Torquato, Conceição Tavares, Edilson Trindade; José Garcia da Nóbrega; e os presidentes de sindicato Marcelo Rosado (SINECIM/RN) e Jaedson Dantas (SINDIBONÉS/RN). Além da reitora da UFRN, Ângela Paiva, do secretário de Desenvolvimento Econômico, Flávio Azevedo, do superintendente do Sebrae, José Ferreira de Melo Neto, dos presidentes da Fecomércio, Marcelo Queiroz, e da Associação Comercial, Itamar Manso.