Produção industrial do RN termina 2017 em queda, mas melhor do que nos últimos dois anos

24/01/2018   18h19

 

A Sondagem das Indústrias Extrativas e de Transformação do Rio Grande do Norte, elaborada pela FIERN, revela que, no mês de dezembro, a produção industrial potiguar registrou queda mais intensa, contrapondo-se à moderação observada no mês anterior. Ressalte-se, contudo, que o indicador de produção do conjunto da indústria potiguar atingiu o maior valor para um mês de dezembro desde 2012, quando o índice alcançou 48,0 pontos.

 

Como resultado, a utilização média da capacidade instalada (UCI) recuou para 65%, alcançando o menor percentual registrado na série mensal do indicador para o mês. Convém observar, que a UCI efetiva-usual atingiu o maior patamar para um mês de dezembro desde 2012, sinalizando queda na ociosidade. O emprego também recuou no último mês de 2017, mas ainda é superior ao nível observado em dezembro de 2016. Além disso, os estoques de produtos finais caíram e ficaram abaixo do nível planejado pelo
conjunto da indústria.

 

Quando comparados os dois portes de empresa pesquisados, verifica-se, em alguns aspectos comportamento diferenciado. As pequenas indústrias reportaram queda nos estoques de produtos finais; seguem pessimistas com relação à demanda, ao número de empregados e às compras de matérias-primas e esperam manutenção das exportações nos próximos seis meses. As médias e grandes empresas, por sua vez, apontaram aumento nos estoques entre novembro e dezembro; e preveem aumento na demanda, no número de empregados, nas compras de insumos e na quantidade exportada dos produtos nos próximos seis meses.

 

Em janeiro, as expectativas da indústria potiguar para os próximos seis meses apontam crescimento da demanda, das compras de matérias-primas e da quantidade exportada, mas preveem redução no número de empregados A intenção de investimento do conjunto da indústria voltou a subir e atingiu o maior valor desde setembro de 2014, quando o indicador atingiu 52,8 pontos.

 

No que se refere aos indicadores avaliados trimestralmente, os empresários mostraram-se menos insatisfeitos com a margem de lucro e com a situação financeira de suas empresas. Por outro lado, as dificuldades de acesso ao crédito se ampliaram no quarto trimestre de 2017, e os preços médios das matérias-primas subiram fortemente no trimestre. Em comparação ao último trimestre de 2016, apenas o acesso ao crédito foi considerado mais difícil pelos empresários.

 

O principal problema do trimestre, na opinião dos empresários potiguares, foi a elevada carga tributária; seguida pela competição desleal, pelas dificuldades na logística de transporte, pela falta de capital de giro, pela demanda interna insuficiente e pela falta ou alto custo de energia.

 

Comparando-se os indicadores mensais e trimestrais avaliados pela nossa Sondagem Industrial com os resultados divulgados em 24/01 pela CNI para o conjunto do Brasil, observa-se que, de um modo geral, as avaliações convergiram, com a diferença de que os empresários nacionais esperam estabilidade no número de empregados nos próximos seis meses.

 

Para maiores informações sobre a Sondagem nacional, favor acessar o link:
http://www.portaldaindustria.com.br/estatisticas/sondagem-industrial/