Roadshow da Nordeste Forte reúne empresários e entidades em Campina Grande

22/08/2017   13h10

 

Cerca de 50 empresários industriais de Campina Grande, João Pessoa e cidades vizinhas participaram do primeiro roadshow “Investimento e Desenvolvimento do Nordeste”, realizado na noite desta segunda-feira (21), na sede da Federação das Indústrias da Paraíba (FIEP), em Campina Grande. O evento reuniu representantes da Sudene, Banco do Nordeste (BNB), Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil).

 

O Roadshow, promovido pela Associação Nordeste Forte (formada pelos presidentes de Federações de Indústrias e presidida pelo industrial e presidente da FIERN, Amaro Sales de Araújo) e SUDENE, visa promover políticas para o desenvolvimento econômico da região, incrementar a indústria, debater projetos e propostas de interesses comuns, e, assim, elaborar um modelo estratégico para atração de investimentos – sem alterar a estratégia de incentivo fiscal entre os estados.

 

O presidente da FIEP, Francisco Gadelha, anfitrião do evento, destaca que a iniciativa faz parte de estratégias de promoção ao desenvolvimento da Região Nordeste, com a retomada das ações da Sudene e parceria com entidades financeiras e de fomento. “Só é possível reduzir o fosso de desigualdade entre as regiões com a transferência de recursos. É fundamental que este roadshow aconteça para mostrar como acessar o FDNE, o recursos do BNB, do BNDES, isso tudo com o apoio da CNI e da APEX pra criarmos condições e fortalecer a indústria regional”, disse.

 

 

O industrial pondera que desde que a Sudene foi extinta, apenas uma instituição, o Banco do Nordeste, por meio do Fundo Constitucional do Desenvolvimento do Nordeste (FNE), passou a assistir região. “A Sudene teve suas forças mitigada, sua competência e recursos subtraídos, nós ficamos órfãos. a”, lembra o industrial. Nós buscamos o fortalecimento da Sudene, que seja revitalizada e tenha a capacidade de assistir o Nordeste em planejamento e na liberação de recursos”, frisa ele.

 

O uso de incentivos fiscais e recursos operados pela Sudene, segundo o superintendente da autarquia, Marcelo Neves, tem o potencial de ser um instrumento transformador de desenvolvimento regional. “Trouxemos para um recorte mais local, mais próximo de comerciantes e industriais da região o que há em recursos do FDNE disponíveis para financiar projetos e como estas operações podem facilitar o crescimento das empresas e da região”, afirma.

 

Os incentivo fiscais ofertados buscam estimular os investimentos privados prioritários, na área da Sudene, para reduzir desigualdades regionais. Durante o encontro, o Fundo de Desenvolvimento do Nordeste na Sudene, bem como acessar incentivos e financiamentos disponíveis foram apresentados por técnicos da Sudene. As empresas que se instalam na região da Sudene têm direito a incentivos fiscais, que variam entre 30% e 75% sobre o Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ), além de descontos no PIS/PASEP e Confins para aquisição de novas máquinas.

 

 

Para o superintendente estadual do BNB na Paraíba, Jorge Ivan Falcão, após seis anos consecutivos de estiagem e dada a conjuntura econômica, a demanda por capital de giro é cada vez mais importante, já que as empresas precisam desse recurso para aumentar sua produção e seu faturamento, sendo primordial ter crédito de capital de giro a baixo custo. O banco, recentemente, reduziu as taxas deste tipo de financiamento, que variavam entre 0,95% e 1,04% ao mês, para 0.88% a.m., enquanto a média praticada no mercado é de 1,5% ao mês.

 

“Em meio a crise econômica e a seca, que vêm deprimindo a economia e a atividade primária da região beirando a 0%, o empresário precisa de capital de giro para operar. Precisamos atrair investimentos para reduzir esse hiato de desenvolvimento da região”, disse Jorge Ivan.

 

A diretora do Departamento Regional Nordeste do BNDES, Karine Silveira, apresentou as opções de linhas de crédito e serviços, como o portal MPME, ofertados para as empresas da região que podem contribuir para sair da crise. “Esse encontro é importante para aproximar o banco ao Nordeste, uma região que está mais distante, e poder enxergar as demandas do empresariado local para melhor atender”, destaca. O BNDES financia maquinas e equipamentos, moveis e utensílios, construção e reforma, capital de giro, exportações, mão de obra e capacitação profissional.

 

E para contratar o crédito de forma mais consciente, a gerente executiva da FIEP, Tereza Gadelha, presentou aos empresários os serviços do Núcleo de Acesso ao Crédito, programa da CNI presente em 18 federações do país, com assessoria, consultoria para empresas, cursos, capacitações e rodadas de negócios. “Buscamos aproximar quem busca e quem oferece o crédito e prover uma demanda qualificada, para que possam acessar e fazer uma melhor gestão desses recursos, viabilizar as operações e investimentos de forma mais eficiente”, disse a gerente.

 

O presidente da FIERN e da Associação Nordeste Forte, Amaro Sales, foi representado pelo superintendente de Relações Institucionais da FIERN, Hélder Maranhão. Participaram ainda, o secretário de Turismo de Campina Grande, Lindolfo Pires, o secretário municipal de desenvolvimento econômico, Luiz Alberto Leite.

 

Nordeste Forte

 

Fundada há um ano, a Nordeste Forte é formada pelas nove Federações das Indústrias da Região Nordeste. É presidida pelo presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte, Amaro Sales (FIERN); e tem como vice-presidentes os presidentes das Federações dos Estados de Pernambuco, Ricardo Essinger (FIEPE); Ceará, Beto Stuadart (FIEC); Alagoas, José Carlos Lyra de Andrada (FIEA); Paraíba, Francisco Gadelha (PB); Maranhão, Edilson Baldez das Neves (FIEMA); Bahia, Antonio Ricardo Alvarez Alban (FIEBA); Piauí, Antônio José de Moraes Souza Filho (FIEPI); e Sergipe, Eduardo Prado de Oliveira (SE).