O Superintendente da SUDENE, Marcelo Neves reconheceu que essa discussão sobre os rumos dos órgãos de incentivo é inadiável. Ele disse que a região necessita de investimentos em infraestrutura e melhoria dos índices de educação, saneamento e redes de internet para que possa avançar em termos de competitividade.

 

“Os empresário procuram condições favoráveis, então é preciso fazer os investimentos em rodovias, em ferrovias, melhorar a educação e os indicadores de saúde”, apontou Marcelo Neves.

 

Apesar das dificuldades e dos desafios, o superintendente da SUDENE considera que há algumas condições favoráveis, como as potencialidades naturais e alguma evolução na economia regional nos últimos cinquenta anos. Quando a SUDENE foi fundada, o Nordeste tinha apenas 4% do Produto Interno Bruto nacional. Atualmente, a região é responsável por 14% do PIB.

 

Para Marcelo Neves, ainda é preciso um planejamento mais direcionado, com definições específicas sobre os rumos econômicos do Nordeste. O superintendente da SUDENE defendeu que o primeiro passo é fazer “um grande diagnóstico” para saber “para onde ir” e “onde chegar” com a economia nordestina.

 

“O Nordeste também precisa marcar posição de forma mais articulada para acabar com um ‘vazio de infraestrutura’. Afinal, ainda persiste uma desigualdade regional. Por isso, devemos manter a classe política atenta e os empresários cobrando para mudar essa situação”, acrescentou Marcelo Neves.