Sondagem mostra que construção potiguar acentua retração em junho

28/07/2017   10h31

 

A Sondagem Indústria da Construção, elaborada pela FIERN, aponta que no mês de junho a atividade do setor no Rio Grande do Norte registrou queda mais intensa e ficou abaixo do padrão usual para o período, tendência que se repete initerruptamente desde fevereiro de 2013. A sondagem aponta que, neste aspecto, a situação do setor está pior do que em junho de 2016. Em virtude do menor dinamismo da atividade, o número de empregados também recuou, mantendo a tendência que vem sendo observada desde outubro de 2013. O nível médio de Utilização da Capacidade de Operação (UCO), por sua vez, subiu de 41% para 42%, mas atingiu o valor mais baixo para meses de junho de toda a série histórica iniciada em janeiro de 2012.

 

No que se refere aos indicadores avaliados trimestralmente, as empresas seguem com as condições financeiras debilitadas, como mostram os índices de satisfação, que permanecem muito baixos. Ressalte-se, contudo, que a insatisfação com a margem de lucro e com a situação financeira diminuiu, apesar do acesso ao crédito ter sido mais difícil. Além disso, os preços médios das matérias-primas recuaram em relação ao trimestre anterior.

 

 

Os dois problemas do trimestre, na opinião dos empresários potiguares, foram a inadimplência dos clientes e a falta de capital de giro, que cresceram em assinalações em relação ao levantamento anterior, deixando a elevada carga tributária (que liderava as citações) em terceira posição. Outras assinalações de destaque foram as altas taxas de juros e a demanda interna insuficiente.

 

Em julho, os empresários do setor estavam mais pessimistas quanto às expectativas em relação aos próximos seis meses em todos os indicadores avaliados a saber: nível de atividade, compras de insumos e matérias-primas, novos empreendimentos/serviços e número de empregados. O mesmo sentimento se repetiu em relação a junho de 2016. A intenção de investimento, por sua vez, voltou a cair, mas ainda é superior ao nível observado em julho de 2016.

 

Comparando-se os indicadores mensais e trimestrais avaliados pela Sondagem Indústria da Construção potiguar com os resultados divulgados dia 27/07 pela CNI para o conjunto do Brasil, observa-se que, de um modo geral, as avaliações convergiram, com a diferença de que, os empresários nacionais apontaram estabilidade na utilização da capacidade de operação (UCO) e reportaram aumento nos preços médios dos insumos comparativamente ao trimestre anterior.

 

Destaque-se, também, que, na média, a construção nacional aponta situação pior do que em junho de 2016, ao contrário do observado na potiguar.

 

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