Gestão eficiente da saúde é prioridade das empresas, destaca executivo do SESI

11/07/2018   16h23

Melhorar a eficiência na gestão de saúde dos trabalhadores é prioridade das empresas. Os gastos com saúde ocupacional e planos de saúde representam, em média, 12% da folha de pagamento e representam o segundo maior custo para as indústrias, ficando atrás apenas da própria folha de pagamento. A afirmação é do gerente-executivo de Saúde e Segurança na Indústria do Serviço Social da Indústria (SESI), Emmanuel Lacerda, durante o Café Exame, realizado nesta terça-feira (10), em São Paulo. O evento, promovido pela revista Exame em parceria com o SESI, reuniu 70 gestores de empresas, planos de saúde e seguradoras.

 

“Os custos com saúde ocupacional, que envolve o atendimento a questões legais, e com saúde suplementar pressionam indústrias. Em todo o Brasil, o setor tem aproximadamente 11 milhões de trabalhadores e dependentes assegurados”, destacou Lacerda. Segundo ele, já há empresas que gastam com planos de saúde o equivalente à folha de pagamento. E os custos não param por aí. “Isso sem falar do impacto da queda da produtividade das indústrias com as faltas ao trabalho”, acrescentou.

 

Lacerda disse que ferramentas digitais, com informações sobre a saúde dos trabalhadores, são fundamentais para empresas gerirem custos e aumentarem a efetividade de investimentos em segurança e saúde.

 

Com adoção de novas tecnologias, como a plataforma SESI Viva+, será possível canalizar investimentos para ações de promoção de saúde de melhor custo-benefício para cada realidade industrial e prevenir custos com uso de planos e afastamentos. “Investir em gestão da saúde, com programas efetivos de prevenção de riscos de doenças e acidentes e inteligência deve ser prioridade para redução de custos e riscos legais”, disse.

 

A opinião foi compartilhada pelo redator-chefe da revista Exame, José Roberto Caetano, que destacou que a tecnologia poderá ajudar a enfrentar os desafios da saúde no futuro, como o envelhecimento da população. Ele disse ainda que a Exame costuma trazer ao debate reflexão sobre o Brasil e sobre seus desafios. “Contribuímos para debates importantes para nossa caminhada, apesar das dificuldades, rumo a um país melhor”, afirmou.