9 em cada 10 brasileiros consideram grave a situação da pandemia de Covid-19 no Brasil, revela pesquisa da CNI

3/05/2021   15h22

A situação da pandemia do coronavírus no Brasil é considerada grave ou muito grave para 89% dos brasileiros. Há um ano, eram 80%. Esse aumento de nove pontos percentuais é significativo e mostra que a segunda onda da Covid-19 teve um impacto maior na população, no isolamento social e no medo da doença.

 

De acordo com a segunda etapa da pesquisa “Os brasileiros, a pandemia e o consumo”, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), encomendada ao Instituto FSB, apenas 4% da população afirmam que a situação é nada grave. Foram entrevistadas 2.010 pessoas entre 16 e 20 de abril.

 

A piora na percepção ocorreu, entre outros fatores, devido à proximidade da população com pessoas que morreram em decorrência do coronavírus. A pesquisa mostra que 3 em cada 4 pessoas perderam alguém. Entre eles, mais da metade perdeu amigos, 25% se despediram de parentes e 15% tiveram colegas de trabalho mortos pela Covid-19.

 

“Enquanto não houver uma vacinação em massa, a pandemia será motivo de grande preocupação para a população e continuará afetando o funcionamento das empresas, dificultando a esperada retomada da economia”, afirmou o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade.

 

Ele lembra que, em recente encontro com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, colocou as estruturas do Serviço Social da Indústria (SESI) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) à disposição do governo para ajudar a acelerar o processo de vacinação.

 

A pesquisa mostra que as mulheres estão mais preocupadas. Para 93% delas, a situação é grave ou gravíssima. Esse percentual entre os homens é de 85%. Também há diferença entre as regiões e as faixas etárias. Ao todo, 86% da população entre 25 e 40 anos consideram a pandemia grave. Essa percepção sobe para 92% na parcela da população com mais de 60 anos.

 

No Norte e Centro-Oeste, 85% veem a situação como grave e 8% acreditam que é pouco ou nada grave. No Sudeste, 92% avaliam a situação do Covid-19 no Brasil, como grave ou gravíssima. E 3%, como pouco ou nada grade.

 

 

Mais da metade da população relata ter muito medo da pandemia

Jovem mulher triste usando uma máscara facial, olhando pela janela com seu reflexo no vidro
Segundo a pesquisa da CNI, 56% da população afirmam ter um medo grande ou muito grande da pandemia. Apenas 3% não tem nenhum medo. Na divisão por sexo, 63% das mulheres afirmam ter um medo grande ou muito grande. Entre os homens, esse percentual cai para 49%.

 

Desta forma, 44% da população acreditam que o número de casos e mortes provocados pela pandemia de coronavírus vai aumentar ou aumentar muito nos próximos dois meses.

 

 

A principal diferença está na idade. 53% da população de 16 a 24 anos acreditam que a contaminação vai piorar, 48% das pessoas entre 25 a 40 anos fazem a mesma avaliação, 40% da população entre 41 e 59 anos acham que o número de casos e mortes deve aumentar e 34% das pessoas com mais de 60 anos têm essa percepção.

 

Confira a pesquisa completa:

Fonte: Agência CNI