Abrindo ciclo de palestras na Semana da Indústria, especialista destaca importância das competências comportamentais para futuro do trabalho

23/05/2022   17h51

 

“O futuro da indústria está ligado ao desenvolvimento humano”, é o que afirma Katarina Alcântara, especialista em Gestão Estratégica de Negócios e em Gestão de Pessoas que ministrou a palestra “Competências e futuro do trabalho”. A apresentação foi a primeira do ciclo de palestras que abriu a programação da Semana da Indústria na Casa da Indústria, nesta segunda-feira (23).

 

A apresentação buscou evidenciar a necessidade de olhar o trabalho não apenas para o cenário tecnológico, com a utilização de inteligências artificiais para execução de atividades, mas também entender que as competências comportamentais, chamadas de soft skills, também são fundamentais para se inserir e se manter no mercado. “O comportamento humano tem ganhado muita evidência”, destaca Katarina.

 

Ela comenta que o cenário de pandemia adiantou processos que a Gestão de Pessoas previa para um futuro breve. “Sempre especulamos muito sobre o futuro, principalmente sobre o futuro do trabalho, que é um dos pilares na vida das pessoas. Ao nos depararmos com a pandemia, ela acelerou cenários que estavam previstos para cinco, dez anos, mas foram trazidos para o momento presente”, explica a especialista.

 

 

“Isso trouxe um temor. Muitas pesquisas apontam que a tecnologia está ocupando cada vez mais espaços no mercado de trabalho, o que pode assustar. Mas isso também gera muitas outras oportunidades”, acrescenta.

 

“Existe um receio de que a Inteligência Artificial tire empregos. Ela, de fato, substitui algumas tarefas. Mas, em contrapartida, algumas outras atividades apenas humanos podem fazer”, ressalta a treinadora comportamental. “Além disso, pesquisas mostram que a IA abrem diversas oportunidades de emprego, mas os profissionais precisam se qualificar tanto com competências técnicas quanto com as comportamentais”, analisa.

 

Na apresentação, ela mostrou a última edição de uma pesquisa publicada a cada dois anos pelo Fórum Econômico Mundial com as principais competências exigidas no mercado de trabalho. A especialista comenta que dos 15 pontos listados pela pesquisa, mais da metade são habilidades comportamentais.

 

“Cada setor traz um cenário específico, mas, de forma geral, é importante não negligenciar as competências comportamentais, como a inteligência emocional e a comunicação”, aponta. “A comunicação, por exemplo, sempre foi um gargalo nas organizações, mas hoje em dia, com possibilidades proporcionadas pelos meios de comunicação digital, é importante estar atento a essa competência”, conclui.