O deputado federal Marcos Pereira (Republicanos-SP) afirmou que o governo federal não pode realizar a abertura comercial sem dialogar com o setor produtivo e com os sócios do Brasil no Mercosul. Para isso, ele afirmou que os parlamentares, usando os mecanismos que a Constituição garante, apesentaram dois requerimentos de informação ao Ministério da Economia sobre esse processo.
“Não podemos fazer uma abertura comercial sem um amplo diálogo com o setor produtivo, sem um diálogo mais pragmático com os nossos sócios do Mercosul. E, assim, preocupados com algumas atuações do Poder Executivo, nós, como parlamentares, usando os mecanismos que a Constituição nos permite, os freios e contrapesos da democracia”, apresentamos dois requerimentos de informação ao Ministério da Economia”, disse.
O deputado federal Evair Vieira, por sua vez, presidente da Frente Parlamentar Mista do Comércio Internacional e do Investimento (FrenCOMEX), disse que a agenda de comércio exterior deve ser cada vez mais debatida com conteúdo técnico e responsabilidade. O deputado afirmou que, além da agenda de comércio exterior, o Brasil precisa enfrentar a agenda de reformas estruturais.
“Precisamos reduzir o Custo Brasil, melhorar o ambiente de negócios e promover e potencializar nosso país, sobretudo olhando a questão do financiamento às exportações. Além disso, no momento que vivemos, uma das nossas principais bandeiras é a retomada econômica”, afirmou.
Roberto Fendt, secretário especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais do Ministério da Economia, disse que a reforma da Previdência, aprovada em 2019, foi a primeira de uma série de reformas necessárias para o país.
“Temos buscado como diretriz da nossa atuação a adoção de medidas que culminem com a maior integração do Brasil aos fluxos de comércio e investimentos”, disse.
O embaixador Sarquis J. B. Sarquis, secretário de assuntos econômicos e comerciais do Ministério das Relações Exteriores (MRE), disse que a agenda lançada pela CNI é abrangente e foca nos principais desafios do Brasil e em suas oportunidades para ampliar a produtividade e a competitividade do comércio exterior brasileiro.
“As ações listadas nesse documento cobrem as áreas prioritárias de nosso interesse, inclusive do Itamaraty, sobre o que devemos fazer para avançar”, disse o embaixador, que ressaltou a importância de o Brasil ampliar sua participação no comércio internacional dos atuais 1,1% para perto de 1,5%.
O presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), Sérgio Segovia, por sua vez, disse estar confiante de que o atual momento será um estímulo para o Brasil reforçar a sua capacidade de modernização.
“As ações internacionais aliadas à agenda de reformas desempenham papel fundamental para impulsionar nossas exportações. Apesar de a indústria representar 21% do PIB, ela recolhe 33% dos impostos federais e responde por 31% da arrecadação previdenciária patronal”, disse.
Por: Cristiane Bonfanti
Postagem: Jô Lopes - Unicom FIERN