Alunos de escola pública iniciam formação em empreendedorismo com projeto da COINCITEC

18/08/2022   16h29

 

Trinta jovens da segunda e terceira séries do ensino médio iniciaram, nesta quinta-feira (18), a capacitação para o desenvolvimento de talentos em empreendedorismo, por meio do projeto Empreendedorando da Comissão Temática de Inovação, Ciência e Tecnologia (COINCITEC) da FIERN. A aula inaugural do curso de Educação Empreendedora aconteceu no Instituto Metrópole Digital (IMD). Trata-se de um projeto piloto de iniciativa do Grupo de Trabalho (GT) Educação e Formação: Empreendedorismo & Talentos da COINCITEC.

 

Os alunos que integram essa turma inaugural são da Escola Estadual Professor Luiz Antônio, que funciona em Candelária e a maioria mora no bairro Planalto.

 

“Discutimos as fragilidades educacionais do Rio Grande do Norte e, nessa área, que é um dos pilares de atuação da Comissão, o professor Rodrigo Romão, com os demais integrantes do GT, desenvolveu o projeto, voltado ao empreendedorismo, que é tão importante para a juventude e, validado, após essa fase piloto, deverá ser apresentado ao Estado e aos municípios para uma possível execução de forma mais ampla e consolidada”, afirmou o presidente da COINCITEC/FIERN, o empresário Djalma Barbosa da Cunha Júnior.

 

Os estudantes serão capacitados com aulas teóricas e práticas. Haverá momentos de imersão em tecnologias digitais, com aulas que seguem até novembro e certificadas como projeto de extensão da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

 

Os alunos vão aprender sobre criatividade, pensamento visual, modelo e ambiente de negócios. Também serão orientados sobre a apresentação de uma ideia de produto ou serviço, desenvolvidos com base nos conhecimentos adquiridos ao longo dos encontros. Na fase imersão tecnológica, vão se aprofundar nos debates sobre realidades virtual, aumentada e mista. O objetivo é assegurar que tenham habilidades e atitudes empreendedoras e capacidade para análise de casos reais.

 

“Há um método de trabalho de educação empreendedora em execução que, após esse período de três meses, estará avaliado e validado. Com isso, poderá ser levado como solução de um programa para as escolas em âmbito estadual ou municipal”, afirma Djalma Barbosa, que é diretor da FIERN.

 

 

 

“Isso é muito relevante, porque significa difundir não apenas o conceito de empreendedorismo, mas a capacidade de empreender. Além disso, implica também que, no ambiente escolar, poderemos ter as condições de identificar talentos que devem ser incentivados e com as garantias de oportunidades de realização se seus potenciais”, acrescenta o presidente da Comissão.

 

Líder do Grupo de Trabalho de Educação da COINCITEC e diretor do Parque Tecnológico do IMD, Rodrigo Romão, destaca que o projeto piloto de Educação Empreendedora integra alunos de escolas públicas com instituições que atuam na área de inovação e tecnologia.

“A escola pública precisa ser melhor acompanhada para que se possa encontrar, identificar e apoiar as vocações de empreendedores. Partimos deste pressuposto e oferecemos a chance para esses alunos interagirem com o ambiente da universidade; por isso, se trata de um projeto de extensão, o que entrega valor [à capacitação]”, disse.

 

A secretária executiva da COINCITEC, Susie Macedo, observa que, ao longo de três meses, os jovens que participam do programa serão estimulados para empreendedorismo. “Com isso, vão adquirir habilidades e conhecimentos para empreender, bem como, se preparar para as exigências do mercado de trabalho. Ou seja, vão receber o incentivo para desenvolver um perfil profissional de acordo com a realidade dos setores protutivo, alicerçados em práticas voltadaa para transformação digital”, afirmou.

 

Coordenadora pedagógica da Escola Estadual Professor Luiz Antônio, Baraklein Gabrieli de Souza também é entusiasta do projeto. “Resolvemos entrar nessa ideia, porque acreditamos que é através de iniciativas inovadoras que podemos transformar a vida desses jovens. Com capacitação trazemos novas oportunidades e ficamos gratos pela chance de levar os alunos para um projeto, de dar chance de verem como funciona a vida fora da escola, de saberem como podem investir e assimilarem o conhecimento necessário ao empreendedorismo”, disse.