Amaro Sales defende diferencial em recursos das energias renováveis para o Nordeste, em reunião da ANF

29/03/2022   11h40

 

O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte (FIERN) e vice-presidente da Associação Nordeste Forte (ANF), Amaro Sales de Araújo, defendeu um posicionamento diferenciado nos encaminhamentos sobre recursos das energias renováveis em prol da região Nordeste, durante a reunião da Associação, realizada nesta terça-feira (29). O encontro aconteceu na sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília/DF.

 

A união dos estados do Nordeste foi um dos pontos de destaque durante o “Encontro em Defesa das Energias Renováveis” realizado na Casa da Indústria, ontem (28), com o lançamento do Atlas Eólico e Solar do Rio Grande do Norte, que foi desenvolvido pelo Sistema FIERN, por meio do ISI-ER, em parceria com o Governo do Estado. E ainda com apresentação da Carta aberta das Energias Renováveis para o Brasil, pelo deputado federal Danilo Forte, do Ceará, da Frente Parlamentar em Defesa das Energias Renováveis. O parlamentar demonstrou, segundo Amaro Sales, preocupação com questões de financiamento do setor.

 

“O Nordeste precisa tomar um encaminhamento das energias um pouco diferente. Hoje, a região tem essa grande produção de energias na Bahia, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Ceará. E nós mandamos essa energia para todo Brasil, e o Nordeste tem ficado com pouco desse ganho. Eu creio que esse é o momento para a gente rever a questão tarifária do Brasil”, disse Sales.

 

O presidente da FIERN destaca que a Nordeste Forte tem toda referência e experiência e disse também que o deputado se colocou à disposição dos estados para que pudessem formar a frente parlamentar.

 

“Esse é o momento da gente trabalhar juntos, os nove estados. Acredito que todos podem dar sua contribuição, para que a gente possa mudar esse cenário, principalmente com os recursos vindo para a região. Nós sabemos que não é que a gente tenha que cobrar o que está enviando, mas tem que ficar uma parcela no Nordeste, para que se possa trazer investimentos, trazer empresas”, enfatiza.

 

O presidente da Associação Nordeste Forte e da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), Ricardo Cavalcante, disse que esteve no Ministério das Minas e Energias e abordou o assunto das energias renováveis.

 

“Tem três vertentes nessa questão do hidrogênio verde, primeiro são as energias renováveis, 70 por cento, energia eólica e solar; depois vem transportar isso em forma de amônia, e o terceiro negócio que é acho que é o grande negócio para os estados é exatamente o crédito de carbono, que ficou aprovado no acórdão. E esse crédito de carbono tem um valor muito alto, e as empresas poderiam ter uma contrapartida para a União, para o estado. Hoje para o Ceará, o crédito de carbono vai ser um grande negócio para as empresas”, explica.

 

Novo presidente do BNB

 

Durante a reunião foi realizada uma apresentação do novo presidente do Banco do Nordeste do Brasil (BNB), José Gomes da Costa. No resumo das atividades financiadas o BNB ele destacou a participação das atividades industriais nas contratações do FNE para o setor industrial em 2021. “Em percentual por setor produtos alimentícios 17,6%; minerais não metálicos, 15,4%; metalurgia 11,8; borracha e de material plástico 11,1%; produtos químicos 5,4%; metal, exceto máquinas e equipamentos 5,4%; e minerais não metálicos, bebidas, vestuário, couros, têxtil, móveis, celulose, farmoquímicos e outros 33,3%”, demonstra na tela o presidente do BNB.

 

De acordo com a apresentação de Gomes da Costa, as melhorias na recuperação de crédito se dão também por mudanças nos processos internos. “Estamos trabalhando permitindo maior agilidade no trâmite das propostas; atualização de cálculo totalmente automatizada que está em andamento; captura automática de informações de diversos sistemas para elaboração dos contratos, também em andamento; e melhoria dos normativos internos”, conclui.