Atividade da construção potiguar cai menos em maio

25/06/2020   17h24

 

A Sondagem Indústria da Construção, elaborada pela FIERN, aponta que, em maio, o nível de atividade do setor no Rio Grande do Norte cresceu 0,7 ponto suavizando, discretamente, o ritmo do declínio que ocorria continuadamente desde fevereiro. Ou seja, o indicador correspondente atingiu 19,1 pontos, mas ficou, ainda, muito distante dos 50 pontos, patamar que separa crescimento de queda. Em relação ao mês de janeiro, o indicador de nível de atividade acumula queda de 30,5 pontos.

 

 

Outros indicadores também experimentaram moderação no ritmo do declínio em maio, como o do nível de atividade efetiva em relação ao usual que cresceu 2,1 pontos (atingindo 17,3 pontos) e o de número de empregados, que avançou 13,2 pontos (ficando na marca dos 38,9 pontos). Já a Utilização da Capacidade Operacional (UCO) caiu 2 pontos percentuais na comparação mensal e ficou em 32%. É importante chamar a atenção para o elevado nível de ociosidade em que se encontra a Indústria da Construção potiguar, desde janeiro de 2014.

 

 

Dessa maneira, na série histórica iniciada em janeiro de 2012, a UCO média do setor corresponde a 50%, mas o seu ponto máximo, verificado em agosto de 2012 e janeiro de 2013, é de 74%. Na segunda metade de 2019 até janeiro de 2020, o setor vinha experimentando uma recuperação gradual, quando perdeu o fôlego nos meses seguintes e foi surpreendido pelos impactos da pandemia do coronavírus.

 

 

Quanto às perspectivas em relação aos próximos seis meses, em junho de 2020, os indicadores de nível de atividade e de número de empregados caíram, revelando maior pessimismo dos empresários, e ficaram em 32,4 e 34,3 pontos, respectivamente. Por sua vez, o indicador de contratação de novos empreendimentos e serviços e o de compras de insumos e matérias-primas apontaram crescimento, atingindo 32,7 e 28,4 pontos, abaixo, portanto, da marca dos 50 pontos, revelando que os empresários estão apenas menos pessimistas em relação ao levantamento do mês anterior.

 

 

Apesar do baixo nível da atividade e das expectativas não-otimistas, em junho, os empresários da construção potiguar reportaram aumento na intenção de investir nos próximos seis meses, pelo segundo mês consecutivo. O indicador alcançou a marca dos 28,1 pontos, mas continuou abaixo da média da série histórica iniciada em novembro de 2013, correspondente a 31,1 pontos. Comparando-se os indicadores avaliados pela nossa Sondagem Indústria da Construção com os resultados de maio, divulgados em 23/06 pela CNI para o conjunto do Brasil, observa-se que, de um modo geral, as avaliações convergiram.

 

 

Destaque-se, no entanto, que a UCO nacional assinalou crescimento, ao contrário da potiguar, embora o nível de ociosidade do setor no conjunto do país também seja considerado elevado. Vale também salientar que todas as expectativas dos empresários nacionais estão menos pessimistas em junho, ao passo que, no estado, essa perspectiva foi verificada apenas em relação às contratações de novos empreendimentos e serviços e às compras de insumos e matérias-primas, uma vez que as demais pioraram.

 

 

Para maiores informações sobre a Sondagem, favor acessar o link: https://www.fiern.org.br/wp-content/uploads/2020/06/GED.CITSMART.REC_FROM_GED_2914.pdf