Atividade da construção potiguar se mantem enfraquecida em dezembro

29/01/2020   17h03

A Sondagem Indústria da Construção, elaborada pela FIERN, aponta que, na percepção dos empresários
do setor, a atividade do setor se manteve em queda no mês de dezembro e ficou abaixo do padrão usual
para o período, tendência que se repete initerruptamente desde fevereiro de 2013. A menor atividade se
reflete também no número de empregados, que voltou a cair. O nível médio de Utilização da Capacidade de
Operação (UCO), por sua vez, não se alterou na comparação mensal, registrando 32% em dezembro.
Entretanto, encontra-se abaixo tanto do indicador de dezembro de 2018 (46%) quanto de sua média histórica
(51%).

 

No quarto trimestre de 2019, todos os indicadores que medem as condições financeiras das empresas do
setor apresentaram melhora em relação ao trimestre anterior, mas seguem abaixo da linha divisória de 50
pontos, mostrando insatisfação com as margens de lucro e a situação financeira, além de dificuldades no
acesso ao crédito. Os empresários também apontaram que os preços médios das matérias-primas ficaram
estáveis, comparativamente ao terceiro trimestre.

 

O principal problema enfrentado pela Indústria da Construção no quarto trimestre de 2019, continuou sendo
a demanda interna insuficiente, mas com recuo nas citações comparativamente ao trimestre anterior;
seguida pela elevada carga tributária e pela competição desleal em segundo e terceiro lugar, ambos com
aumento nas assinalações. Destaquem-se, ainda, as altas taxas de juros e a falta de financiamento de longo
prazo, em quarto e quinto lugar, respectivamente.

 

Todos os indicadores de expectativa recuaram em janeiro de 2020, quando comparados ao mês anterior.
De acordo com os índices, os empresários passaram a mostrar perspectiva de queda do nível de atividade
e das compras de insumo e matérias-primas, menor otimismo com relação à evolução futura dos novos
empreendimentos e serviços, e preveem estabilidade do número de empregados nos próximos seis meses.
A intenção de investimento, por sua vez, voltou a subir.

 

Comparando-se os indicadores avaliados pela Sondagem Indústria da Construção potiguar com os
resultados nacionais divulgados em 29/01 pela CNI, observa-se que, de um modo geral, as avaliações
convergiram, com a diferença de que na indústria nacional, as expectativas continuam demonstrando
perspectivas de crescimento com relação ao nível de atividade, às compras de insumos e ao número de
empregados nos próximos seis meses.

 

Para ler a íntegra da Sondagem acesse: https://www.fiern.org.br/wp-content/uploads/2020/01/Sondagem-Industria-da-Const_dez19.pdf