Brasil busca uma indústria mais competitiva, inovadora, global e sustentável

15/10/2018   15h07

 

Nos próximos quatro anos, o Brasil precisará enfrentar desafios sistêmicos para aumentar a competitividade e retomar o ciclo de crescimento econômico e social. O cenário internacional revela o aumento do peso da inovação, da tecnologia e da sustentabilidade não apenas nos negócios, mas em economias inteiras.

 

Esses são três fatores-chave impulsionados pelo Sistema Indústria, que é composto pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), pelo Serviço Social da Indústria (SESI) e pelo Instituto Euvaldo Lodi (IEL). Cada uma das quatro casas, junto com as 27 federações das indústrias, atuam em frentes variadas para ampliar a competitividade nacional. Veja como atua cada entidade:

 

CNI – Defende os interesses da indústria, formula propostas de políticas públicas que melhorem o ambiente de negócios e mantem parcerias para ampliar a competitividade e a inserção internacional das indústrias brasileiras.

SENAI – Maior rede de ensino profissional da América Latina, já qualificou mais de 73 milhões trabalhadores de 28 setores da indústria. O SENAI coordena uma rede de 58 institutos de tecnologia e 25 institutos de inovação, que prestam serviços industriais customizados para a indústria em todo o país.

SESI – Tem a maior rede de educação regular do país, com cerca de 1,2 milhão de matrículas anuais, em todos os estados brasileiros. O SESI é também referência em gestão da segurança e saúde no trabalho e na promoção de saúde dos trabalhadores, beneficiando 4 milhões de pessoas em 2017.

IEL – Especializada em gestão corporativa, educação empresarial e inovação, é o braço operacional da Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI), principal fórum de debate sobre inovação no país. Em 2017, foram 26,3 mil empresários capacitados e 1,3 mil empresas atendidas em consultorias.

 

A força do Brasil Indústria – O desempenho da indústria serve tanto de indicador de capacidade de geração de riqueza quanto de reflexo da urgência com que o país deve implementar mudanças de rota na economia. Os dados demonstram o importante papel desempenhado pelo setor. A cada real produzido pela indústria são gerados R$ 2,32 para a economia brasileira como um todo. Para efeitos de comparação, a agricultura gera R$ 1,67 e, o setor de serviços, R$ 1,51 a cada real produzido, de acordo com cálculos da CNI.

 

Além disso, a indústria emprega 10,5 milhões de trabalhadores e é responsável por 22% dos empregos formais, pagando salários melhores. Enquanto a média salarial dos trabalhadores com nível superior é de R$ 5.272, a de empregados na indústria é de R$ 7.667. O setor responde ainda por mais da metade das exportações brasileiras, por 68% dos investimentos privados em pesquisa e desenvolvimento e por um terço dos tributos arrecadados em âmbito federal.

 

Apesar desse desempenho, o setor industrial vem perdendo participação na economia brasileira. Esta, por sua vez, vem caindo consecutivamente em rankings globais de competitividade.

 

“Temos um trabalho importante a ser feito, dentro e fora das fábricas, para retomar a rota de crescimento. Precisamos melhorar, e muito, nosso ambiente de negócios, realizar reformas estruturantes que resultem em maior equilíbrio de contas públicas e que estimulem os investimentos. Por parte das empresas, com uma nova revolução industrial em curso, dependemos de maior inovação e sustentabilidade para nos tornarmos mais eficientes”, afirma o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade.

 

VÍDEO – Assista à conversa do presidente da CNI com a jornalista Thaís Herédia sobre o Mapa Estratégico da Indústria 2018-2022 e as medidas necessárias para fazer o país crescer. Acompanhe: