Comissão de Energias Renováveis da FIERN lança diagnóstico e Índice de Confiança do setor no RN

20/06/2022   18h16

 

A Comissão Temática de Energias Renováveis (COERE) da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte (FIERN) divulgou, nesta segunda-feira (20), um diagnóstico quali-quantitativo sobre o setor das energias renováveis do RN. Realizada em parceria com o Mais RN, núcleo de pensamento e planejamento estratégico contínuo da FIERN, o documento também conta com a primeira edição do Índice de Confiança em Energias Renováveis (ICER). A COERE é presidida por Amaro Sales, presidente da FIERN, que liderou a reunião em que houve a apresentação da sondagem (leia mais aqui).

 

O diagnóstico foi realizado a partir de uma sondagem com os integrantes da COERE sobre quatro eixos — educação e inovação; financiamento e fomento; infraestrutura e logística; questões regulatórias e políticas públicas. A comissão conta com 44 representantes de sindicatos patronais filiados à FIERN, de órgãos governamentais e não-governamentais correlatos a energias renováveis e de instituições acadêmicas e financeiras.

 

A sondagem avaliou a importância de cada eixo para o setor de energias renováveis, elencou os pontos fortes e os gargalos e propôs iniciativas para cada um dos elementos. Os resultados estão disponíveis no documento publicado pela COERE e na plataforma de business intelligence (https://bit.ly/3N8MXI9) desenvolvida pelo Mais RN.

 

Clique aqui para baixar o documento publicado pela COERE.

 

O documento passará a ser referência para o trabalho da COERE, como também será entregue a agentes públicos e aos candidatos nas Eleições Gerais de 2022.

 

Índice de Confiança em Energias Renováveis (ICER)

 

Semelhante ao Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI), que mede a confiança do empresariado da indústria mês a mês, o ICER será um termômetro da área de energias renováveis no estado. Medido trimestralmente, o índice trará a confiança dos representantes da COERE nesse setor.

 

A primeira edição, publicada junto à sondagem do setor, traz um índice de confiança de 8,61, em uma escala de 1 a 10. Com mais de R$ 2 bilhões captados pelo RN em investimentos em energia solar em 2020, além de 218 parques de geração de energia eólica instalados, o estado conta com 6,66 GW de produção de energia com fontes renováveis, o que representa 30% dos 21,6 GW em operação no país.

 

Resultados

 

O levantamento sobre os eixos do setor pontuou a importância de cada elemento para o setor com notas de 0 a 5. Educação e inovação foi o considerado o mais importante, com 4,33 pontos, seguido por Questões regulatórias e políticas públicas (3,39), Financiamento e fomento (3,06) e infraestrutura e logística (3,00).

 

No eixo de educação e inovação, a COERE entende que o RN já oferece os cursos profissionalizantes na área (72% dos entrevistados) que possuem boa qualidade (65%) e os custos são acessíveis (83%), como também avalia positivamente a existência de editais para projetos (51%). A Comissão ainda atenta para a necessidade de mais profissionais com experiência (61%), laboratórios de pesquisa voltados para o setor (55,5%) e aproximação das empresas com a Universidade (61%), além de maior facilidade, acesso e compreensão das linhas de crédito disponíveis para inovação no setor das energias renováveis (55%).

 

Quanto ao eixo de financiamento e fomento, 61% dos integrantes da Comissão conhecem as linhas de crédito disponíveis (públicas e privadas). Porém, 77% consideram os trâmites para acesso ao financiamento excessivamente burocrático (lentos, juros altos, excesso de condicionantes e com prazos inadequados).

 

No tópico de infraestrutura e logística, 61% dos integrantes da Comissão conhecem as linhas de transmissão existentes no RN. No entanto, 50% acreditam que as rodovias de acesso às áreas produtoras são ruins, 61% reforça a ausência de sinalização e segurança; 67% informaram a inexistência de acesso à rede móvel de telefonia nas áreas geradoras; 77% da alerta sobre a falta de novas linhas de transmissão para atender a geração de energia; e 50% concordam que os custos de insumos para a cadeia produtiva são altos, bem como o custo de transporte.

 

Por fim, no eixo questões regulatórias e políticas públicas, 78% da Comissão considerou a legislação pouco clara e de custo elevado, gerando insegurança jurídica; 67% avalia que isso dificulta novos investimentos no RN.