Comissão de Meio Ambiente discute sustentabilidade e novos rumos para o desenvolvimento industrial

17/06/2025   08h38

A Comissão Temática do Meio Ambiente da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte (COEMA/FIERN) realizou, nesta segunda-feira (16), uma reunião dedicada à discussão de estratégias para o fortalecimento da sustentabilidade no setor industrial potiguar e à implantação de um novo ciclo de desenvolvimento no estado.

 

O encontro, conduzido pelo presidente do COEMA, Marcelo Rosado, teve como foco principal o projeto “Siderurgia Verde no RN: Implantação e um Novo Ciclo de Desenvolvimento Sustentável – Tecnologia a favor do Meio Ambiente”, tema apresentado por Etelvino Patrício, presidente do Sindicato de Reciclagem e Descartáveis (SINDRECICLA-RN) e diretor-presidente da Recicla RN.

 

“Trata-se de um tema que interessa ao mundo como todo. Então, para o RN é uma honra termos uma pauta sendo discutida e liderada por uma indústria que é da casa de forma inovadora. Assunto muito importante, inovador e do interesse de todos nós”, destacou o presidente da COEMA, Marcelo Rosado, que parabenizou Etelvino pela iniciativa.

 

Durante a explicação feita pelo presidente do SINDRECICLA-RN, foram abordados os potenciais impactos ambientais positivos e as oportunidades econômicas que a implantação do projeto de uma siderurgia, com foco em práticas sustentáveis, pode gerar para o estado quando for viabilizado. “Temos essa luta de viabilizar uma siderúrgica verde no RN. Diante de tantos estudos e pesquisas, conseguimos fazer um modelo para atender essa questão verde de forma eficaz”, disse Patrício.

 

O presidente do SINDRECICLA-RN explica que o projeto se trata de uma siderúrgica sustentável especializada na produção de aço de sucata metálica reciclada, que usa a tecnologia de fornos por indução Energia I5 – ou energia incentivada, proveniente de fontes renováveis como eólica e solar.

 

Ele destaca ainda que, diferente dos métodos tradicionais, que emitem cerca de duas toneladas de CO² por tonelada de aço produzida, o novo projeto visa reduzir esse impacto para apenas 2kg de CO² emitidos por tonelada de aço reciclado. “O objetivo é de reforçar seu compromisso com a sustentabilidade e a redução da pegada de carbono’, completa Patrício.

 

O uso do aço no setor da Construção Civil, os impactos ambientais da sua produção, geração de empregos com a chegada do novo projeto e a importância da discussão com a proximidade da COP30 no Brasil também foram pontos abordados durante a reunião.

 

Comissão aborda gestão e créditos de resíduos

 

A pauta da reunião incluiu ainda outros temas sobre sustentabilidade industrial, como a palestra sobre Créditos de Resíduos Circulares, de Magnos Patrício, diretor da Indústria Brasstubos, que destacou a importância da valorização dos resíduos como ativos econômicos dentro da lógica da economia circular. “Os empresários ainda enxergam ESG como custo, mas é um fomento. Essa consciência pode trazer mais riquezas para a cadeia produtiva”, disse.

 

A melhoria na gestão de resíduos sólidos e líquidos no ambiente industrial, foi outro tema proposto por Fernando Soares, diretor da empresa Cril Soluções Ambientais, com propostas voltadas à modernização dos processos de tratamento e destinação de resíduos nas unidades fabris.