Construção civil potiguar suaviza retração em setembro

29/10/2020   13h17

A Sondagem Indústria da Construção, elaborada pela FIERN, aponta que, no mês de setembro de 2020, a atividade do setor se manteve em queda, embora mais moderada do que em agosto; a mesma tendência de suavização do recuo também foi verificada em relação a setembro do ano passado. Entretanto, o setor continua operando abaixo do padrão usual para o período, tendência que se repete initerruptamente desde fevereiro de 2013, segundo a percepção dos empresários. Acompanhando o desempenho negativo da atividade, o número de empregados também caiu, mantendo o movimento de baixa que vem sendo observado desde outubro de 2013. O nível médio de utilização da capacidade operacional (UCO), por sua vez, atingiu 35%, 7 pontos percentuais abaixo do índice de agosto (42%) e 3 pontos percentuais acima do valor registrado em setembro de 2019 (32%).

 

Em outubro, as expectativas da Indústria da Construção potiguar para os próximos seis meses apontam otimismo com relação à evolução do nível de atividade e dos novos empreendimentos e serviços, mas os empresários preveem queda nas compras de matérias-primas e no número de empregados. O índice de intenção de investimento, por sua vez, recuou 4,3 pontos entre setembro e outubro de 2020, de 33,7 para 29,4 pontos. Ressalte-se que, apesar da queda, o indicador alcançou o maior valor para um mês de outubro desde 2017, quando ficou em 31,1 pontos.

 

Os índices de satisfação com a situação financeira e com o lucro operacional registraram aumento no terceiro trimestre de 2020, mas permaneceram abaixo da linha divisória de 50 pontos, indicando insatisfação dos empresários tanto com a margem de lucro operacional quanto com a situação financeira de suas empresas. O indicador de acesso ao crédito também subiu, sem, contudo, ultrapassar a linha dos 50 pontos, mostrando que as restrições continuaram no trimestre. Além disso, os empresários avaliaram que os preços médios das matérias-primas subiram significativamente em relação ao trimestre anterior.

 

A demanda interna insuficiente, a elevada carga tributária, a falta ou alto custo da matéria-prima, a inadimplência dos clientes, a falta de capital de giro e a burocracia excessiva aparecem como os principais problemas enfrentados pelo setor no terceiro trimestre de 2020.

 

Comparando-se os indicadores avaliados pela Sondagem Indústria da Construção potiguar com os resultados nacionais divulgados em 28/10 pela CNI, observa-se que, de um modo geral, as avaliações convergiram, com a diferença de que na indústria nacional, o nível de atividade apontou aumento, o número de empregados ficou estável e a utilização da capacidade de operação (UCO) subiu de 60% para 62%; e os empresário se mostram otimistas com relação às compras de matérias-primas e ao número de empregados nos próximos seis meses.

 

Para acessar a sondagem na íntegra os interessados podem acessar o link: https://www.fiern.org.br/wp-content/uploads/2020/10/Sondagem-Industria-da-const_set2020.pdf

 

Para mais informações sobre a Sondagem Nacional, favor acessar o link: http://www.portaldaindustria.com.br/estatisticas/sondagem-industria-da-construcao/

 

As informações são da Unidade de Economia e Estatística do Sistema FIERN, sob a coordenação da economista Sandra Cavalcanti.

Postagem JoLopes – Unicom FIERN