COVID-19: BNB anuncia novo crédito emergencial, melhoria de condições e suspensão de dívidas

24/04/2020   13h04

No intuito de minimizar impactos da Covid-19 na economia regional, o Banco do Nordeste anunciou duas iniciativas que poderão dar fôlego às empresas industriais do Rio Grande do Norte. Em videoconferência, organizada pela FIERN com gestores e empresários da indústria potiguar, nesta quinta-feira (23), o superintendente Regional do Banco do Nordeste (BNB), Thiago Dantas e Silva, anunciou a liberação de novo crédito emergencial para capital de giro, melhoria nas condições de linhas já existentes, bem como a suspensão de pagamento de dívidas.

 

“São medidas que permitem a empresas elevarem seus fluxos de caixa para enfrentar a retração ocasionada pela pandemia. O crédito irá reforçar os caixas, a ideia é criar alternativas para que as empresas possam continuar funcionando. A suspensão do pagamento de dívidas tira do empresário a preocupação com o endividamento, neste período”, afirma Thiago Dantas.

 

 

Nesse contexto, explica ele, o BNB decidiu renegociar contratos vigentes e suspender a cobrança de pagamento de parcelas de financiamentos já contratados por empresas, vencidas ou vincendas, a partir de abril até dezembro deste ano, de forma automática. “O saldo acumulado no período,será diluído nas parcelas a partir de janeiro de 2021”, acrescenta.

 

Segundo o superintendente, o capital de giro é o principal foco da instituição nesse momento, uma vez que as empresas encontram mais dificuldades para o custeio e, devido o cenário de incertezas, decidem reduzir investimentos. Para o período, além das linhas de financiamentos já existentes, o Banco do Nordeste dispõe do FNE Emergencial, com recursos na ordem de R$ 3 bilhões, oriundos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), que atenderá os setores produtivos industrial, comercial e de serviços.

 

O novo crédito para capital de giro – FNE Giro Emergencial, pode financiar todas as despesas de custeio, manutenção e formação de estoques, inclusive despesas de salários e contribuições de despesas, com limite de até R$ 100 mil por beneficiário. As operações terão juros de 2,5% ao ano, com carência até 31 de dezembro deste ano e prazo de 24 meses.

 

A nova linha de crédito emergencial, explica Thiago Dantas, é destinada aos estados que tiveram o decreto de calamidade pública reconhecido pelo governo federal e será operacionalizada, com exclusividade, pelo Banco do Nordeste em toda sua área de atuação – Nordeste e Norte dos Estados de Minas Gerais e Espírito Santo.

 

Afora o crédito emergencial, o superintendente pontua que o Banco do Nordeste reduziu taxas, alongou prazos e disponibiliza capital de giro a 0,35% ao mês para micro e pequenas empresas nas operações da linha FNE Giro, com prazo de até 12 meses. A taxa de juros é a menor do mercado e atende ao esforço de minimizar as consequências do novo Coronavírus (COVID-19) na economia local.

 

Com recursos próprios do BNB e do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), o crédito financia aquisição de matérias-primas e insumos utilizados no processo produtivo por comércios, prestadoras de serviços, indústrias, agroindústrias e equipamentos turísticos. A garantia da operação pode ser aval, fiança ou hipoteca.

 

Aos que não se enquadram no FNE Giro, o banco dispõe da linha Giro Conterrâneo com prazo de 48 meses, carência de seis meses e taxas de 1.36% a.m.

 

Por Sara Vasconcelos, Unicom/FIERN