Doze aeroportos brasileiros serão privatizados. Cinco estão localizados no Nordeste

27/02/2019   11h21

 

Dez aeroportos brasileiros já são administrados pela iniciativa privada e outros 12 serão concedidos no próximo mês, conforme cronograma do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) do governo federal. As novas concessões farão o capital privado responder por 67% do total de 211 milhões de passageiros que circulam pelos aeroportos brasileiros ante os atuais 56%. Na lista dos leilões marcados para 2019 estão aeroportos em Alagoas, Ceará, Espírito Santo, Mato Grosso, Paraíba, Pernambuco, Rio de Janeiro e Sergipe.

 

Na avaliação da Confederação Nacional da Indústria (CNI), é imprescindível o aumento da participação privada nos aportes de recursos e na gestão de equipamentos de infraestrutura, principalmente em razão da baixa capacidade de investimento do Estado. “Além da maior capacidade de mobilização de recursos, o setor privado é mais flexível e consegue responder mais rapidamente às oportunidades de mercado”, afirma o gerente-executivo de Infraestrutura da CNI, Wagner Cardoso.

 

Atualmente, os aeroportos geridos pela iniciativa privada no Brasil são exemplo de eficiência e bom atendimento para os passageiros. O leilão dos 12 aeroportos está marcado para o dia 15 de março e será dividido em três blocos: Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste. Os consórcios que arrematarem cada bloco terão a concessão dos respectivos aeroportos pelo prazo de 30 anos. A expectativa é que os investimentos sejam de R$ 3,52 bilhões.

 

Veja a lista de aeroportos que serão concedidos:

 

BLOCO SUDESTE
Aeroportos: Vitória e Macaé
Movimentação: 3,3 milhões passageiros/ano (2018)
Investimentos estimados: R$ 592 milhões

 

BLOCO CENTRO-OESTE
Aeroportos: Alta Floresta, Sinop, Cuiabá e Rondonópolis:
Movimentação: 3,2 milhões passageiros/ano (2018);
Investimentos estimados: R$ 771 milhões

 

BLOCO NORDESTE
Aeroportos: Juazeiro do Norte, Campina Grande, João Pessoa, Recife, Maceió, Aracaju:
Movimentação: 13,6 milhões passageiros/ano (2018);
Investimentos estimados: R$ 2,15 bilhões.