É preciso trabalhar para que as empresas retomem seus negócios, diz Amaro Sales em Live no Instagram

30/06/2020   20h40

 

Os danos causados pelo isolamento social sobre a economia potiguar e a sobrevivência das empresas foram pontos fortes em discussão durante a live ‘Retomada gradual da economia do Rio Grande do Norte’, realizada nesta terça-feira, 30, pelo presidente da FIERN, Amaro Sales, e o advogado Fernando Jales, juiz do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RN) na vaga de jurista.

 

“Há uma consequência ainda não imaginada do quanto as medidas de isolamento social e fechamento das empresas será prejudicial para a economia. Mas agora não adianta ficar olhando pelo retrovisor, temos que seguir adiante e trabalhar para salvar as empresas e dar oportunidades para que empresários retomem seus negócios”, diz o presidente.

 

Ao questionar sobre as medidas preventivas, Fernando Jales retoma a máxima de que é preciso salvar vidas e a atividades econômicas. “O vírus chegou e nós temos que aprender a conviver com ele para que a economia se restabeleça”, diz.

 

O presidente da FIERN reforça e afirma ter certeza de que algumas empresas não abrirão mais. “Temos dados que no mês de maio aconteceram mais de três mil perdas de empregos diretos, dados reais do CAGED. Há empresas que não abrem amanhã, não pelo decreto, mas porque não conseguiram escapar dos danos econômicos da pandemia”, acrescenta.

 

Amaro explica ainda que a indústria continuou aberta mas foi prejudicada pelo fechamento do comércio, porque não tinha para quem vender seus estoques. “Como exemplo temos as empresas de confecções, produtos de loja, que não tinham como vender seus produtos, não tinha pedido, e sem pedidos não tinham como avançar nas entregas”, afirma.

 

Outro ponto destacado por Fernando Jales foi a criação do respirador Caninga pelo SENAI-RN. “Nesse caos dos respiradores, a FIERN conseguiu dar exemplo criando um respirador. Essa crise serviu para que nós aqui no RN pudéssemos fazer diferente? E como podemos diminuir essa dependência com relação à China?”, indaga.

 

Para o presidente da FIERN o mundo precisa repensar a questão dos fornecedores. “É preciso reavaliar porque a China ficou com domínio de produtos essenciais como respiradores, máscaras, EPIs, que ficaram com os preços muito mais altos que o antes praticado. Essa desestabilização traz parâmetros de que, com relação a alguns produtos, é preciso repensar os seus fornecedores”.

 

Amaro Sales disse sobre os respiradores que o Brasil tem déficit e o SENAI, não apenas do RN, mas do Brasil inteiro, até hoje conserta respiradores e equipamentos de UTI.

 

“Nosso SENAI, através do ISI-ER trouxe através de seus cientistas o projeto e criaram um respirador em 43 dias. Junto com médicos e técnicos do HUOL criaram um respirador. E para se ter ideia, nós estamos há quase 60 dias para liberar os protocolos da ANVISA, que tem seus termos e tem que seguir. O respirador já está pronto, mas falta essa aprovação para que possamos atender às unidades que precisam de respirador no estado”, informa o presidente.

 

A transmissão aconteceu às 19 horas nos perfis de Amaro Sales (@amarosalesdearaujo) e de Fernando Jales (@fernandojales) no Instagram.

 

Por Jô Lopes – jornalista FIERN