Emprego formal no RN registra 5.955 novas vagas em agosto, mas mantém saldo negativo no acumulado do ano

1/10/2020   18h02

 

Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados na quarta-feira (30) pelo Ministério da Economia indicam que no mês de agosto foram criados 5.955 novos postos de trabalho no estado no Rio Grande do Norte. De acordo com a economista Sandra Cavalcanti, gerente da Unidade de Economia e Estatística da FIERN, o saldo do mês é explicado pela alta sazonal do período. “Sobretudo safra dos melões, e na indústria, pela moagem da cana de açúcar (álcool e açúcar). Estes são os principais destaques do mês. Saldo total de agosto (todas ad atividades) +5.955. Porém esse saldo não foi suficiente para compensar os cortes decorrentes do déficit da Covid-19. No período de janeiro a agosto o saldo total foi de menos 9.920 empregados”, explica Sandra.

 

A economista acrescenta ainda que na indústria, especificamente (e incluindo o setor da Construção), o saldo de agosto foi de positivo em 2.418 vagas. “Além do açúcar e álcool, destacamos, Construção, Eletricidade e fabricação de produtos de minerais não metálicos. No período de janeiro a agosto o acumulado, o saldo da indústria foi de menos 746 vagas. Quem mais cortou foi confecção (-1.999). Quem amenizou foi a Construção (+1.599 vagas), enfatiza Sandra.

 

 

Economista Sandra Cavalcanti, gerente da Unidade de Economia e Estatística da FIERN

 

 

Segundo dados sobre o mercado de trabalho formal no estado, que integram o ‘Mapa do Emprego do Rio Grande do Norte’, um levantamento feito pelo SEBRAE-RN, apesar dos sinais de recuperação, as novas vagas não foram suficientes para suprir o déficit acumulado nos oito primeiros meses do ano. No intervalo de janeiro a agosto ocorreram 82,3 mil contratações, mas em compensação, as demissões foram superiores, em 92,2 mil desligamentos.

 

Ainda segundo o Mapa, o terceiro melhor saldo veio da construção civil, com um saldo de 679 empregos, seguida do comércio e do setor de serviços que geraram respectivamente 659 e 184 novas vagas. Analisando no acumulado do ano, somente a construção civil apresenta saldo positivo, com 1.599 vagas geradas entre janeiro e agosto.

 

Os demais setores todos acumulam déficit de empregos. O número é maior no setor de serviços, que já encerrou 5.320 vagas, seguido do comércio (-2.915 vagas), da indústria (-2.345 vagas) e do setor agropecuário (-939 vagas).

 

O Mapa do Emprego do Rio Grande do Norte também analisa a distribuição das novas vagas geradas no mês por região do estado. Os municípios que tiveram contratações maiores que as demissões foram Baia Formosa (1008 empregos), Mossoró (881 vagas), Natal (677 vagas) e Apodi (539 vagas). Já Acari, Pendências, Umarizal, Jardim do Seridó e Vera Cruz tiveram perdas de vagas.

 

Empregos no Brasil por Regiões

 

O Ministério da Economia divulgou também que em todas as regiões brasileiras criaram empregos com carteira assinada em agosto. O Sudeste liderou a abertura de vagas, com 34.157 postos a mais, seguido pelo Nordeste com 22.664 postos criados e pelo Sul com mais 20.128 postos. O Centro-Oeste abriu 14.084 postos de trabalho e o Norte criou 13.297 postos formais no mês passado.

 

Os dados do ME indicam que na divisão por unidades da Federação, a criação de empregos se disseminou pelo país. Todos os estados e o Distrito Federal abriram postos com carteira assinada em agosto. As maiores variações positivas ocorreram em São Paulo, com a abertura de 64.552 postos; Minas Gerais, 28.339 postos, e Santa Catarina, 18.375 postos. Os três estados que menos criam postos de trabalho foram Sergipe, 368 postos; Amapá, 434 postos, e Roraima, 700 postos.

 

Por JoLopes FIERN