Encontro Econômico Brasil-Alemanha será realizado, em Natal, de 15 a 17 de setembro

19/07/2019   14h56

 

O Rio Grande do Norte é o estado brasileiro com maior geração de energia eólica no País são 4 GW de capacidade instalada, com 149 parques eólicos. O Estado apresenta também as melhores condições para a geração de energia solar fotovoltaica e é o maior produtor em terra de petróleo do país. O potencial energético é um dos atrativos que leva o Estado a sediar o 37º Encontro Econômico Brasil Alemanha (EEBA), que será realizado, nos dias 15, 16 e 17 de setembro, no Centro de Convenções de Natal.

 

Considerada a principal agenda de cooperação estratégica bilateral, o EEBA reúne autoridades e empresários dos dois países e irá tratar de temas relacionados a competitividade e sustentabilidade do setor produtivo.  O Encontro é realizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a Federação das Indústrias da Alemanha (BDI, na sigla em alemã), com apoio da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte (FIERN). No ano passado, o encontro foi realizado em Colônia, na Alemanha, e reuniu cerca de 600 empresários dos dois países.

 

Para o presidente do Sistema FIERN e secretário da CNI, Amaro Sales de Araújo, a realização da edição 2019 do EEBA, em Natal, significa a oportunidade de novos negócios, parcerias e cooperação com entidades alemãs e do Nordeste brasileiro, além da troca de conhecimento e tecnologias. Ele destaca as muitas potencialidades econômicas do Rio Grande do Norte e do Nordeste Brasileiro que podem atrair o interesse de investidores internacionais. “Natal será a capital da aliança entre os dois países, suas instituições e empreendedores”, frisa.

 

Ele lembra que a trajetória de parceria e cooperação entre o RN e a Alemanha já perdura há vários anos e com bons resultados, com constante diálogo e aproximação com o Estado da Renânia-Palatinado. Tendo o SENAI-RN como importante interlocutor com as instituições alemãs no âmbito da inovação, tecnologia e qualificação profissional. O SENAI é um dos principais pilares da transferência de tecnologia e pesquisa aplicada para a indústria potiguar, com 22 unidades para atender 28 setores industriais.

 

Rico em recursos naturais como petróleo, gás, fruticultura, mineração e paisagens costeiras, o estado tem potencial para maior desenvolvimento econômico e social, entretanto, pondera o presidente da FIERN, para transformar os recursos naturais em crescimento sustentável são necessários investimentos, recursos e capacidades privadas e públicas.

 

Em comum com as economias desenvolvidas, o PIB do RN tem forte participação do setor de Serviços. Neste contexto, serviços avançados articulados com a produção industrial e agrícola para agregar valor e aumentar a produtividade, bem como os serviços em conhecimento e tecnologia e o turismo são importantes ao desenvolvimento econômico potiguar.

 

No tocante a infraestrutura logística, o Porto de Natal possui como principal carga de exportação as frutas frescas provenientes da fruticultura irrigada, que respondem por cerca de 30% de todas as cargas. São fatores estratégicos: uma linha de transporte semanal regular para os portos europeus, a proximidade da Europa e um tempo de trânsito perfeito para os principais portos europeus torna a escolha perfeita para embarques. E também um porto offshore destinado exclusivamente às exportações de sal marinho, o Porto da Ilha de Areia Branca.

 

O estado possui o primeiro aeroporto totalmente privado no Brasil considerado, pela 8ª vez consecutiva, o melhor aeroporto do país com capacidade de 5 milhões de passageiros por ano. E com grande potencial em transporte de cargas, com exportações e importações de cargas aéreas para a Europa. O pescado (atum e espadarte), frutas (papaia e manga) e flores são as principais cargas aéreas para exportação.

 

No âmbito da agricultura, a expectativa é de forte impulso na próxima década em função da transposição das águas do Rio São Francisco e obras complementares, que proporcionem a ampliação da área irrigada no estado e aproveitamento dos solos férteis. Isso somado a incorporação tecnológica, eleva o potencial de desenvolvimento do estado.

 

Por Sara Vasconcelos – Jornalista, Unicom/FIERN