Encontro na Casa da Indústria define programação do FNE para 2019

11/09/2018   10h33

 

O Banco do Nordeste realizou nesta terça-feira, 11, pela manhã, na Casa da Indústria, a segunda reunião técnica preparatória que vai definir a programação do Fundo Constitucional do Nordeste (FNE) para o próximo ano. O encontro foi aberto pelo presidente do Sistema FIERN, Amaro Sales de Araújo, e contou com participação do vice-presidente da FIERN, Pedro Terceiro de Melo, do diretor Heyder Dantas, do superintendente estadual do BNB, Fabrizzio Feitosa, do superintendente de políticas de desenvolvimento José Rubens Dutra, e do diretor de Planejamento Perpétuo Socorro.

 

Também estiveram presentes aos dois encontros de trabalho (no Sebrae RN), gestores da Superintendência do Banco do Nordeste no Rio Grande do Norte, equipes técnicas dos parceiros do BNB no Estado e representantes de entidades de classe.

 

Durante a reunião, Amaro Sales apresentou, em nome da FIERN e da Associação Nordeste Forte, que reúne os presidentes de Federações de Indústria do Nordeste, do qual ele é também presidente, pedido para o banco rever a elasticidade do prazo do financiamento do curto prazo do FNE e a Taxa de Longo Prazo (TLP), que indexou os empréstimos à inflação.

 

 

Com relação aos financiamentos através do FNE, o presidente da FIERN lembrou que antes o prazo era de 36 meses e depois passou para 18 meses. Para ele, a mudança aumenta os níveis de inadimplência junto ao banco. Já em relação à TLP o temor é de que a inflação torne a taxa inviável para as empresas. “Se o cenário muda e a inflação aumenta isso terá consequências, o endividamento pode aumentar de uma hora para outra”, disse.

 

O diretor de Planejamento Perpétuo Socorro informou que o banco aplicará R$ 30 bilhões no Nordeste este ano (existia residual dos anos anteriores, devido à desaceleração da economia) e R$ 23 bilhões em 2019, sendo que 51% destes recursos serão destinados às micro, pequenas e médias empresas. O restante, 49%, ficará entre médias e grandes empresas. Disse também que não faltarão recursos do FNE para o Rio Grande do Norte.

 

 

O FNE tem como objetivo fomentar o desenvolvimento das microempresas, de empresas de pequeno porte e de microempreendedores individuais (MEI), dos setores industrial, inclusive mineração, agroindustrial, de turismo, comercial e de prestação de serviços, inclusive empreendimentos culturais e a produção, circulação, divulgação e comercialização de produtos e serviços culturais, contribuindo para o fortalecimento e aumento da competitividade do segmento. Operacionalizado com exclusividade pelo Banco do Nordeste, o Fundo Constitucional é construído com a participação dos principais atores econômicos de cada Estado da área de atuação da Instituição.