Equipe SESI e SENAI do Rio Grande do Norte estreia em Torneio Internacional de Robótica

5/08/2022   16h53

O Festival Internacional SESI de Robótica começou nesta sexta-feira (5), no Rio de Janeiro, com uma programação que inclui o torneio off-season internacional da FIRST Robotics Competition (FRC). O Rio Grande do Norte está sendo representado no torneio pela P0T1BOT, equipe formada por alunos do SESI-SENAI.

 

Para o presidente do Sistema FIERN e do Diretor Secretário da CNI, Amaro Sales de Araújo, “o inicio do torneio de robótica traz o registro principal que o mundo hoje não vive sem a robótica. Ele traz aos jovens, aos novos partícipes desse projeto, um dinamismo ao futuro, em busca das novas profissões, das novas formatações do emprego, da indústria 4.0, a indústria automatizada”. “Além da competição a nível internacional, com alunos de todos os estados do Brasil, esse momento traz o congraçamento, que é muito importante para o Brasil”, afirma.

 

“O Rio Grande do Norte traz na sua equipe uma inovação em cima das energias renováveis, que o Rio Grande do Norte é líder, e que poderá trazer, nesse momento, uma diferença entre os concorrentes. Desejo uma boa sorte à nossa equipe, que começa hoje essa jornada, para que a gente possa trazer um registro da liderança num torneio tão importante”, destacou o presidente da FIERN.

 

A estreia da equipe na competição foi prestigiada pelo superintendente regional do SESI-RN, Juliano Martins. “É a primeira vez que o Rio Grande do Norte participa da modalidade FRC presencialmente, com um projeto desenvolvido pelo SESI e pelo SENAI. A expectativa é grande e muito boa. O projeto é consistente, a equipe está treinada e focada nos resultados. O SESI-RN inaugura nesta modalidade com uma participação presencial e vamos esperar que domingo a gente conquiste prêmios importantes no torneio”, declara.

 

Também participaram da abertura do evento o diretor regional do SENAI-RN, Rodrigo Mello; a gerente executiva de Educação do SESI-RN, Ana Karenine Medina; e o gerente da SESI Escola São Gonçalo do Amarante, Anderson Vieira.

 

 

Após muitas horas de trabalho e dedicação ao longo do ano, a equipe potiguar chega ao campeonato com entusiasmo e boas expectativas. O professor de geografia da SESI Escola e técnico da P0T1BOT, Diego Cavalcante, acredita que “o SESI nunca teve uma equipe tão preparada para um torneio”. “Todo o beabá foi cumprido e vamos almejando fazer um trabalho muito bom. O prêmio é consequência”, comenta o técnico.

 

Já o estudante e integrante da equipe Marcos Silva, de 18 anos, acrescenta que a inexperiência da maioria dos competidores é um elemento que aumenta a expectativa. “Cerca de 70% da equipe é de novatos, o que foi um grande desafio. Além das mudanças na virada da temporada, também tivemos que reformular no meio da temporada”, relata. “Em um curto período de tempo tivemos que aprender e colocar tudo em prática. Isso graças ao empenho de todos em estar no laboratório todos os dias, inclusive durante as férias. Por isso as expectativas são as mais altas possíveis”, conta o estudante.

 

 

Criada em 2021 e pioneira na modalidade FRC no estado, a P0T1BOT é atualmente formada por oito alunos do Novo Ensino Médio da SESI Escola Natal: Beatriz Bezerra (17 anos), Débora Raquel (17), Letícia Silva (17), Levi Tavares (18), Marcos Silva (18), Maria Eduarda Dantas (17), Rozianny Freire (17) e Vinícius Fernandes (18); e duas alunas do Ensino Médio da Sesi Escola São Gonçalo do Amarante: Débora Gabrielle (15) e Thainá Rute (15); além dos técnicos o professor de geografia da SESI Escola, Diego Cavalcante, e o professor e engenheiro eletricista do SENAI-RN, Thiago Castro.

 

O time também conta com uma equipe de mentores externos, que envolvem profissionais de diversas áreas do Centro de Tecnologias do Gás Natural e Energias Renováveis (CTGAS-ER) e do Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER), como também ex-integrantes da equipe, que já estão no ensino superior, mas voltaram para auxiliar nos trabalhos.

 

FRC: robôs de porte industrial e incentivo à inovação

 

A FIRST Robotics Competition (FRC) é conhecida como a olimpíada da robótica. A modalidade é a mais antiga e complexa do rol de competições da organização sem fins lucrativos FIRST (For Inspiration and Recognition of Science and Technology) e combina a adrenalina dos esportes com o rigor da ciência e da tecnologia.

 

Alunos do ensino médio formam equipes compostas por, pelo menos, 10 estudantes com idades entre 14 e 18 anos, que contam com apoio de técnicos e mentores para construir e comandar um robô semiautônomo de porte industrial, com até 55 kg e 1,5 metro de altura. Além disso, os jovens precisam desenvolver uma marca, conseguir financiamento para o projeto e desenvolver iniciativas realizada à ciência e tecnologia junto à comunidade.

 

Com o tema da temporada, “Rapid React” (reação rápida), a competição explora a capacidade das equipes de criarem robôs rápidos e com capacidade de arremesso em longa distância. O robô terá a missão de coletar uma bola e arremessar em uma cesta dentro do tempo de 2min15 no tele-operado (com controle remoto) e de 15seg no controle automático.

 

 

“O Boy”, expressão característica da capital potiguar para se referir a crianças e jovens, é como foi batizado o robô da P0T1BOT. Outra referência ao local de origem da equipe está no nome — P0T1 brinca tanto com a linguagem binária de programação, que utiliza os algarismos 0 e 1, como com o termo “potiguar”.

 

Além disso, as equipes precisam desenvolver e apresentar um projeto de inovação. A P0T1BOT criou um equipamento que utiliza a energia solar para a recarga de baterias do robô. Utilizando um sistema elétrico de corrente contínua, o projeto tem como componentes um módulo solar que transmite até 90 Volts, dois disjuntores que evitam a sobrecarga e o descarregamento da bateria, como também um controlador que mostra a quantidade de carga e a transmissão de energia.

 

“É um projeto importante e desafiador para a gente. Embarcamos muita inovação no que se refere à alimentação das baterias com painéis fotovoltaicos”, afirma o superintendente regional do SESI-RN.