Exportações do RN em 2018 têm queda de 9,5% em comparação com 2017

10/01/2019   15h49

Depois de cinco meses com exportações menores que nos meses correspondentes de 2017, dezembro apresentou um crescimento de 12,2% em relação a dezembro daquele ano, refletindo principalmente os valores exportados de melões, principal produto da pauta, que apresentavam variação mensal negativa expressiva desde o início da atual safra iniciada em agosto/setembro. Com variação positiva em dezembro os melões, seguidos de melancias, tecidos de algodão, castanhas de caju e produtos de animais impróprios para alimentação humana foram os itens com maiores valores exportados respectivamente nesse mês.

 

No total de 2018 as exportações do Rio Grande do Norte ficaram 9,5% menores que as de 2017. Melões, tecidos de algodão, castanhas de caju, peixes e sal foram os cinco produtos com maiores valores exportados respectivamente em 2018. Entre esses se destacam o crescimento dos tecidos de algodão e de peixes em valores exportados. Importante ainda destacar o crescimento das exportações dos produtos animais impróprios para a alimentação humana de 91,7%, saindo da 11ª posição na pauta em 2017 para a 6ª posição em 2018.

 

 

DESTINOS DAS EXPORTAÇÕES

 

O bloco União Europeia continuou sendo o principal destino das exportações do RN, mesmo considerando umaqueda de 25,6% em relação a 2017, quando representou 55% dos nossos mercados no exterior, caindo para 45%. Reflexo da redução nas exportações de melões e melancias, a Holanda deu lugar aos Estados Unidos como principal pais de destino das exportações no ano passado. Também merece destaque o aumento das exportações para a Alemanha, mesmo com valor ainda modesto em relação ao seu grande potencial como mercado, com os mamões representando um grande percentual dos valores exportados para esse mercado.

 

IMPORTAÇÕES, SUAS ORIGENS E BALANÇA COMERCIAL

 

A Argentina mantém-se como principal fornecedor do RN, com o trigo também liderando a posição como produto mais importado pelo estado. Estados Unidos, China, Espanha e Alemanha aparecem respectivamente como principais origens das nossas importações.

 

As importações do RN caíram 5,8% em relação a 2017 e permanecem basicamente de insumos de produção como matérias primas industriais e agrícolas, máquinas, equipamentos e suas partes e peças, refletindo, positiva ou negativamente, o dinamismo da economia potiguar.

 

“Considerando essas características e o pequeno percentual das nossas exportações e importações em relação ao total nacional, o saldo da nossa balança não deve ser objeto de preocupação ou especial atenção uma vez que mais importações significam maior capacidade produtiva, mais produção. Devemos sim buscar mais exportações e importações, fortalecendo nossa corrente de comércio, medida muito importante do crescimento econômico”, avalia o gerente do Centro Internacional de Negócios da FIERN (CIN), Luiz Henrique Guedes. Com queda nas exportações e nas importações, a corrente de comércio caiu 8,1% em relação ao ano anterior.