Os valores abusivos das passagens aéreas e os prejuízos que causam ao Rio Grande do Norte foram o tema central de audiência pública, realizada nesta quarta-feira (27), na Assembleia Legislativa. O debate, proposto pelo deputado Hermano Morais, reuniu representantes do trade turísticos e do Governo para debater alternativas para a redução da tarifa aérea. O diretor primeiro secretário da FIERN e Presidente do Sindicato da Indústria de Torrefação e Moagem do Café do RN (Sindicafé), Heyder Dantas, participou da audiência, representando o presidente do Sistema FIERN, Amaro Sales.

 

 

 

Hermano Morais  explica que a audiência busca restabelecer a concorrência com os estados vizinhos e apresentou dados que mostram, em alguns casos, que a variação é de 22,5% a 102%, quando comparado o valor de passagens aéreas de Natal com o de destinos vizinhos (Recife, João Pessoa, Fortaleza). Com o valor mais alto das passagens, pondera ele, o setor hoteleiro se vê obrigado a trabalhar com tarifas mais baratas para competir com os estados vizinhos.

 

“Nosso estado dispõe de 150 mil leitos, aeroporto novo e moderno, mas vem sofrendo com as companhias aéreas que elegeram Natal como a capital onde as passagens são mais caras. Isso não pode ocorrer”, disse o parlamentar. “Precisamos fortalecer o a cadeira do turismo para aumentar os empregos e o preço das passagens aéreas tem peso importante nisso”, acrescentou.

 

A secretária estadual de turismo Ana Maria Costa explicou que há um plano de ação para ampliar malha área para o RN. Na semana passada, ela se reuniu com a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), em São Paulo. A Setur tem conversado com as companhias aéreas para ampliar a quantidade voos e assentos existentes.

 

Ela lembrou que o Rio Grande do Norte deu incentivo baixando o imposto sobre o querosene de aviação, de 17% para 12% – ainda no contexto de atração do hub da Latam, que não aconteceu. A isenção do imposto foi concedida na gestão passada, mas segundo ela, a medida não trouxe os benefícios esperados ao Rio Grande do Norte. E defendeu a necessidade de contrapartida por parte das empresas aéreas. O tema será tratado em reunião esta semana como presidente da Abear e também, em Fórum específico do setor.