O coordenador e o gerente do MAIS RN, José Bezerra Marinho e Pedro Albuquerque, respectivamente, participaram da abertura do 11º Congresso Estadual de Profissionais do Rio Grande do Norte (CEP/RN), promovido pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do RN (CREA-RN), na noite da quinta-feira (11), na sede do Conselho.

 

Eles falaram sobre o desenvolvimento econômico do Rio Grande do Norte e apresentaram a Agenda do Desenvolvimento do RN, que está sendo desenvolvida pelo MAIS RN a partir de um acordo de cooperação técnica firmado entre a Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte (FIERN) – por meio do IEL-RN e MAIS RN – e o Conselho. (leia aqui)

 

A presidente do CREA-RN, Ana Adalgisa Dias, destacou a importância do trabalho feito em conjunto com a Federação e o resultado disso. “Vamos apresentar aos candidatos ao Governo e ao Senado proposições para o desenvolvimento do nosso estado”, disse.

 

Segundo ela, são eixos propostos para que tragam desenvolvimento, gerem riqueza, emprego, para a população através da engenharia, da agronomia e das geociências. “É importante para acompanhar o que foi apresentado e que resultados tiveram”, comentou.

 

Para o superintendente do IEL-RN, Juan Saavedra, a participação do Instituto Euvaldo Lodi nesse acordo é de extrema importância para construção da agenda de desenvolvimento do Rio Grande do Norte. “Foi possível ouvir e prospectar possíveis ideias e soluções. Captar várias percepções dos profissionais das engenharias, agronomia e geociências”, disse.

 

Falando sobre o desenvolvimento do Rio Grande do Norte, José Bezerra Marinho compartilhou sua experiência de quando foi secretário de Estado e analisou o momento vivido pelo RN. Ele elogiou a iniciativa do CREA-RN com relação à Agenda do Desenvolvimento. “Se queremos um RN diferente depois, precisamos saber o que estamos fazendo pelo estado hoje. O presente é o futuro em preparação”, disse.

 

 

Para o coordenador do MAIS RN, iniciativas como essa da Agenda para o Desenvolvimento fazem com quem o discurso dos candidatos tenha conteúdo e propostas efetivas. “Faz pensar e refletir sobre a realidade para propor aos candidatos ao governo caminhos, o que fazer, dizendo onde está faltando e onde pode ser feito de forma diferente”, declarou.

 

Ele lembrou que “a educação vai ter que acontecer preparando o jovem para o novo mundo” e reforçou a importância da junção da tríplice hélice que consiste em reunir o empreendedor privado, o ente público e as organizações geradoras de conhecimento, ciência e tecnologia.

 

Agenda
Em sua palestra, o gerente do MAIS RN, Pedro Albuquerque, afirmou que essa é a maior agenda de desenvolvimento já realizada pelo CREA-RN em sua história. A equipe que trabalhou na montagem do documento percorreu cidades do RN e ouviu 120 pessoas ligadas direta e indiretamente ao Conselho. “Há um nível de profundidade das propostas. Não adianta só propor, tem que apontar solução. Esse é o desafio”, comentou.

 

Esses diagnósticos serviram para a elaboração de propostas sobre os principais problemas detectados em eixos específicos como obras, legislação, meio ambiente, mercado e serviços, capital humano, financiamento e políticas públicas.

 

 

O gerente do MAIS RN citou a importância de se pensar em uma agenda como essa. “Para fazer propostas reais, precisamos saber onde estamos e alguns dados econômicos são importantes”, respondeu.

 

Segundo Albuquerque, a indústria junto com a agricultura são os termômetros da geração de riqueza. “Esses setores mostram quão desenvolvido é cidade, estado ou nação”, disse.

 

De acordo com o gerente do MAIS RN, foi feito um levantamento dos potenciais econômicos do estado. “Garanto que não são poucos”, assegurou. E disse que o desafio não é olhar para o passado. “É apresentar uma agenda integrada, realista, com soluções”, ponderou. Ele elencou cadeias produtivas com relevância nacional, internacional e mundial e citou exemplos fruticultura irrigada, energia solar, energia eólica offshore e hidrogênio verde.

 

Pedro Albuquerque também falou sobre a relevância da educação e do sistema de ensino no contexto de desenvolvimento. “Não podemos deixar de falar em futuro sem falar em educação”, disse. Ele usou como exemplo a SESI Escola. “É a segunda melhor do Brasil. Um caso a ser seguido que outros estados seguem. Por que Rio Grande do Norte não segue”, indagou.

 

O coordenador do MAIS RN lembrou uma característica do empreendedor: não para diante da limitação de recursos. “Ele supera, vence a carência do meio”, afirmou. José Bezerra Marinho alertou para o perigo de quando as pessoas trocam o seu voto por algum benefício. “Quando não existe independência econômica, não existe liberdade política”, comentou.

 

Também participaram do evento o diretor regional do SENAI-RN, Rodrigo Mello, e os trainees do MAIS RN, Suellen Torres, Fernanda Lemos e João Lucas.