Meirelles afirma que tabela de frete é uma solução emergencial para o país

12/07/2018   14h54

 

Questionado – na entrevista coletiva antes do Fórum Fiern Caminhos do Brasil – se a aprovação da tabela que fixará valores mínimos de frete para o transporte rodoviário de cargas é uma medida de protecionismo, que vai de encontro ao livre mercado, o ex-ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, ponderou que a crise – com a greve dos caminhoneiros que paralisou o país durante uma semana, no mês de maio – exigia soluções de emergência para que o país não amargasse mais prejuízos. Ele admite que, o país retomando o crescimento da economia, esta tabela poderá ser novamente revista.

 

O resultado da votação da Medida Provisória 832/2018, pela Câmara dos Deputados, ontem (11), é considerado pelo setor produtivo, empresários e industriais como um retrocesso capaz de gerar graves consequências para a economia brasileira, com impactos sobre os custos de produção e sobre a inflação serão pagos por toda a sociedade.

 

O pré-candidato do MDB revelou ter um plano para resolver o problema do preço do combustível de forma definitiva, por meio da criação de um fundo de estabilização. “Com o fundo, quando o preço do petróleo subir, automaticamente diminuem os impostos e faz com que o preço se mantenha, servindo para capitalizar o fundo. Vamos resolver essas variações do preço do combustível de forma acentuada”.

 

 

“Gestão não será de continuidade, mas de resultados concretos”

 

O ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles disse durante a coletiva, antes do Fórum, que sua gestão não será meramente continuidade do atual Governo, mas o resultado concreto do trabalho desenvolvido à frente da pasta para tirar o país da recessão, nos últimos dois em que assumiu o sistema fazendário brasileiro.

 

“O que vamos fazer é ampliar esta melhora. Fazer com que o crescimento de empregos acelere. O Governo anterior criou 14 milhões de desempregados. E mesmo que já tenhamos criados 2 milhões de novos empregos, é pouco dentro desse quadro. Precisamos de um vigoroso crescimento de emprego, investimento em educação, saúde e segurança pública”, afirma.

 

Sobre o avanço de candidatos de partidos extremistas e a pulverização do centro em diversas candidaturas, o pré-candidato do MDB considera que as políticas “estatizantes” defendidas por candidatos de partidos de extrema direita e esquerda, podem levar o país de volta a crise. “É preciso reduzir o tamanho do estado”, afirma. E disse ser cedo para citar possíveis alianças com partidos do chamado “centrão”.

 

Com relação à segurança pública, segundo ele, o sistema prisional deverá ter investimentos ampliados e de melhoria da gestão, além da diminuição da criminalidade, em paralelo, o aumento da geração de emprego, educação e saúde.