Nordeste Forte envia carta, ao Ministério da Economia, em prol da indústria da região

14/04/2020   15h32

 

A Associação Nordeste Forte, entidade que congrega todas as Federações das Indústrias dos Estados do Nordeste, encaminhou, nesta terça-feira (14), carta ao ministro da Economia, Paulo Guedes, com algumas sugestões e pedidos em defesa da indústria e setor produtivo da região. Os pleitos e propostas foram apresentados e discutidos com o ministro durante videoconferência realizada no último dia 9 de abril, com participação do presidente da Nordeste Forte Amaro Sales de Araújo (FIERN) e os presidentes das federações Ricardo Cavalcante (FIEC), Ricardo Alban (FIEB), Ricardo Essinger (FIEPE), Edilson Baldez (FIEMA), Francisco Gadelha (FIEPB) e o vice-presidente Francisco Reinaldo (FIEPI).

 

 

Com a apresentação e debate das sugestões, a Associação busca contribuir com a construção de soluções para a crise na saúde e na economia do país durante a pandemia do COVID-19. A entidade reforçou a disponibilidade de colaboração de todas as Federações representadas, tanto em relação aos esforços de combate à disseminação do COVID-19 (coronavírus), quanto em relação a outras iniciativas do governo federal em fomentar o desenvolvimento industrial a partir do Nordeste, considerando as potencialidades da Região em contribuir para o progresso do Brasil.

 

 

“O Nordeste, de fato, merece uma atenção especial no contexto da política de desenvolvimento do Brasil”, destaca Amaro Sales. A Nordeste Forte, afirma ele, é uma instituição que expressa o sentimento do industrial nordestino sem prejuízo das manifestações que são feitas pela Confederação Nacional da Indústria, a qual é vinculada para formar o Sistema Indústria.

 

 

Entre os pleitos e sugestões estão a manutenção das grandes obras em andamento na Região, notadamente, transposição das águas do Rio São Francisco e obras complementares de infraestrutura hídrica; a solicitação da suspensão das exigências das licenças e certidões federais das empresas brasileiras e/ou flexibilização de sua exigência na avaliação de crédito; a solicitação de aplicação de R$ 5 bilhões do BNB, a mais, em crédito desburocratizado para a folha de pagamento para as pequenas, médias e grandes empresas do Nordeste; agilidade do crédito financeiro para as empresas, com redução da burocracia e lentidão das análises de crédito; solução aos passivos existentes, tanto do FNE quanto do FINOR, para encaminhamento de demanda para renegociação das dívidas existentes e fazer com que as empresas voltem a trabalhar.

 

 

Além de solicitar a padronização dos documentos e, consequente flexibilização, com as exigências dos Bancos oficiais para acesso ao crédito; a Associação Nordeste Forte também solicita a permissão para a possibilidade de venda de crédito federal, entre empresas, para compensação de impostos; a possibilidade de intervenção do Ministério da Economia junto as ações do Ministério Público do Trabalho, no que diz respeito as atividades de mão de obra intensiva; a redução do custo fixo sobre as fontes de energia, quanto as demandas contratadas; solução para o problema do Funding, do financiamento para chegar na ponta, para os pequenos e médios; sugere que o depósito compulsório que os bancos não utilizarem, retornem ao BCB de modo que possam ser aplicados ao mercado de giro e com lastro de títulos públicos. A carta pleiteia ainda o aumento de investimentos em infraestrutura no Nordeste, dada a produção de commodities, como soja, milho, arroz, frente a dificuldade de escoamento do campo para os Portos, como o Maranhão.

 

 

A Associação Nordeste Forte também faz diversas sugestões como a maior articulação entre os entes federativos, no sentido de que promovam entendimento de trabalho entre Governo Federal, Estaduais e Municipais; que seja concedido tratamento igual com a fração que corresponde aos tributos federais do Simples Nacional à exemplo do que foi feito em relação com o FGTS e folha de pagamento, onde, após a prorrogação, terá uma carência e será financiada pelos bancos públicos; além de solicitar o apoio para a redução da burocracia na Caixa Econômica Federal (CEF) e no Banco do Nordeste (BNB), com possibilidade de novas linhas de crédito com novas taxas de juros compatíveis para a construção civil e demais segmentos industriais.

 

 

Nordeste Forte

A Associação Nordeste Forte é formada por todas as Federações das Indústrias dos Estados do Nordeste: FIERN – Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte; FIEA – Federação das Indústrias de Alagoas; FIEB – Federação das Indústrias da Bahia; FIEC – Federação das Indústrias do Ceará; FIEMA – Federação das Indústrias do Maranhão; FIEPB – Federação das Indústrias da Paraíba; FIEPE – Federação das Indústrias de Pernambuco; FIEPI – Federação das Indústrias do Piauí; FIES- Federação das Indústrias de Sergipe.

 

Por Sara Vasconcelos, jornalista Unicom/FIERN