Obra do artista plástico Flávio Freitas retrata as riquezas do RN para celebrar os 70 anos da FIERN

21/03/2023   10h01

Acostumado a retratar as belezas do Rio Grande do Norte, o artista plástico Flávio Freitas foi responsável por representar, na obra “Riquezas do RGN”, as virtudes do setor produtivo potiguar. A obra, pintada com tinta acrílica sobre tela para celebrar os 70 anos da Federação das Indústrias do RN (FIERN), foi apresentada na solenidade de comemoração do septuagenário da FIERN, no dia 24 de fevereiro.

 

“Para mim, pintar essa tela é uma realização grandiosa em significado e de reconhecimento do meu trabalho”, afirma Flávio. “É um prêmio para qualquer artista ter a honra de ser convidado para executar uma obra como essa”, completa.

 

Presidente da FIERN, Amaro Sales de Araújo (dir.), e o artista plástico Flávio Freitas (esq.) apresentam a obra “Riquezas do RGN”

 

O artista conta que sua história pessoal está ligada ao setor produtivo e ao próprio Sistema Indústria. “Minha mãe foi colaboradora do Instituto Euvaldo Lodi [IEL] na década de 1970 e temos uma forte ligação, na história da nossa família, com a indústria. Me sinto muito próximo à Federação das Indústrias por conta disso”, afirma.

 

Nascido no Rio de Janeiro, em 1961, mas radicado potiguar, Flávio está inserido no meio artístico desde 1982 e atua profissionalmente desde 1998, com ateliê instalado no bairro histórico da Ribeira, em Natal.

 

Sobre a obra “Riquezas do RGN”, ele destaca que “o trabalho está cheio de uma linguagem que desenvolvo ao longo da minha vida de artista”. Seu traço marcante e as cores vibrantes e diversas criam um estilo singular que torna a obra próxima e familiar ao público.

 

 

A concepção da tela, que começou com a busca de imagens que mostrassem as áreas de produção que representam a força da indústria potiguar, passou ainda por um estudo da composição com lápis em papel antes de ser concretizada com o acrílico sobre tela.

 

“Já tive a oportunidade de representar o setor produtivo potiguar em outras telas, como a cultura do melão, a produção do petróleo em terra, a pesca e a bovinocultura. A ‘Riquezas do RGN’ talvez seja a tela que une mais setores da nossa economia em uma única obra”, declara Flávio.

 

Acervo de arte da FIERN

 

O trabalho assinado por Flávio Freitas passou a integrar o acervo de arte da FIERN, que conta com cerca de 70 obras, desde pinturas e esculturas a fotografias. A coleção começou a ser montada em 1988, com a inauguração da Casa da Indústria, e desde então vem crescendo, com obras de artistas potiguares de origem ou radicados.

 

Com exceção do pernambucano Francisco Brennand (que aparece com o painel vidrado “Cajus, Floral”), todos os outros artistas com trabalhos no acervo são potiguares ou com residencia no Estado. Entre eles, Thomé Filgueira, com a obra “Engenho”, Assis Marinho, com duas telas do “Algodoal”, Jomar Jackson, com “Ressaca” e “Marina”, Irineu Alves, com dois óleos sobre tela, além de Vicente Vitoriano, Carlos Sérgio, Ambrósio Córdula, dentre outros.

 

Newton Navarro, com os nanquins aquarelados “Vaqueiros” e “Pescador”, também está presente, bem como Dorian Gray, o artista com mais obras na coleção. Juntos, os dois foram protagonistas, ao lado de Ivon Rodrigues, da primeira exposição modernista em Natal, em 1950.

 

Na lista do acervo, há ainda nomes como os fotógrafos Marcelo Buainain (MS), Numo Rama (PB) e o potiguar Giovanni Sérgio, entre outros.