Os principais números da economia em março deste ano foram apresentados pelo Observatório da Indústria MAIS RN, núcleo de planejamento estratégico da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte (FIERN), nesta segunda-feira (19), no quadro “Nossa Economia”, veiculado no jornal Bom Dia RN, da InterTV Cabugi, afiliada da Rede Globo. A apresentação foi feita pelo assessor técnico do Observatório Pedro Albuquerque.

 

Confira a análise completa no link <https://g1.globo.com/rn/rio-grande-do-norte/videos-bom-dia-rn/>

 

Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), do Ministério do Trabalho, o saldo de empregos em março foi negativo em 1.918 postos de trabalho, reflexo principalmente das demissões na agricultura e da queda na produtividade do setor de petróleo e gás. “A indústria também veio negativa neste mês, o que não era esperado. Quando analisamos os indicadores, percebemos que o setor de Petróleo e gás, que foi um dos maiores motores da produtividade industrial em 2024, começa a perder fôlego”, explicou Pedro Albuquerque.

 

Ele destacou ainda que parte dessa queda já era prevista, devido à sazonalidade da fruticultura irrigada nos períodos fora de safra.

 

A análise também abordou os efeitos da inflação. Em Natal, a alta foi de 0,34% no mês. “Hoje, o Brasil apresenta uma inflação de 0,43%, chegando a quase 5,53% no IPCA [Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo]. É aquela sensação de que o nosso dinheiro não vale tanto. Esse fenômeno está muito acima da meta, que era de 3%. Olhando, então, para outras capitais do Nordeste, percebemos que a inflação de alimentos tem puxado acima da média”, destaca.

 

Itens da cesta básica, como café (10,23%), tomate (30%) e ovos (11%) apresentaram aumentos significativos. “Temos produtos básicos que estão subindo muito acima da média e pressionando a inflação. A cesta básica variou, aqui, em Natal, aproximadamente 6% em 12 meses, chegando ao valor de 650 reais”, explica.

 

Outro dado importante apresentado foi o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI), que ficou em 50,60%. “A série histórica mostra uma queda vertiginosa da confiança. Qualquer valor abaixo de 50 indica que o industrial não pretende investir ou contratar”, explicou. Entre micro e pequenos empreendedores, o índice é ainda menor, chegando a 43%.

 

O quadro Nossa Economia é exibido mensalmente com dados extraídos do painel Termômetro Econômico do MAIS RN. A iniciativa busca levar à população uma leitura acessível e didática sobre os principais indicadores econômicos do estado, acompanhados de forma contínua pela FIERN.