As dificuldades com insumos para indústria estão sendo reduzidas gradativamente e poderão estar superadas de forma significativa até o segundo semestre deste ano. O prognóstico integra as informações que foram apresentadas pelo Conselho Temático da Micro e Pequena Empresa da Confederação Nacional da Indústria (COMPEM/CNI), presidido por Amaro Sales de Araújo.

 

Segundo o economista Marcelo Souza Azevedo, Gerente de Análises Econômicas da CNI, a falta ou alto custo da matéria-prima e a elevada carga tributária continuam entre as preocupações dos pequenos e micro empresários. Os entraves com matéria-prima, apesar de estar no topo do ranking de principais problemas há cerca de um ano, vem gradualmente sendo menos assinalada pelos empresários.

 

Entre os representantes de pequenas empresas ouvidos, 41% indicaram que no primeiro trimestre deverá ser normalizado o fornecimento doméstico e 35% importado, 23% no segundo trimestre o doméstico e 25% o que depende de compra externa.

 

Ao citar o Índice de Confiança da Pequena Indústria, o economista destacou que, em fevereiro, o indicador ficou em 57,3 pontos, acima da médica histórica (52,8). Houve uma pequena redução em relação a fevereiro do ano passado (58,7 pontos), mas superior a 50 pontos, a partir do qual indica confiança.

 

O presidente do COMPEM destacou que o “Panorama” mostra uma recuperação progressiva. “Temos a possibilidade de entrar em um período de pós-pandemia e cada setor tem seu ritmo de recuperação. Há desafios, mas os empresários estão diariamente dedicados a suas atividades, gerando empregos e desenvolvimento”, disse Amaro Sales.

 

Durante a reunião — que também teve a participação do presidente da COMPEM/FIERN, Heyder Dantas —, ainda foram discutidos os projetos de lei, em tramitação no Congresso Nacional, que tratam da revisão do limite de faturamento para enquadramento no Simples Nacional; novas exigências do e-social para as empresas, as regras de cobrança antecipada do ICMS.