Políticas de reindustrialização e de fomento regional para alavancar retomada da economia

25/05/2021   21h34

 

A defesa de reformas estruturantes e de políticas de reindustrialização e de fomento regional, para corrigir desigualdades e alavancar a retomada econômica brasileira, pautou a “Webconferência: Desenvolvimento Regional e as perspectivas para o RN”, na noite desta terça-feira, 25, Dia Nacional da Indústria. Promovido pela FIERN, o evento reuniu os presidentes da Confederação Nacional da Indústria, Robson Braga de Andrade, da FIERN, Amaro Sales de Araújo, e o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho.

 

 

“A promoção do desenvolvimento regional deve ser prioridade para o Brasil. Algumas regiões precisam de estímulo para crescer, de políticas que diminuam desigualdades e promovam o fortalecimento do setor produtivo”, frisou Robson Andrade. “Não há país forte sem uma indústria dinâmica, forte e inovadora. O Brasil precisa criar condições para retomar investimentos e criar empregos”, acrescentou.

 

 

Ele frisou a importância da aprovação das Medidas Provisórias 1.016 e 1.017, que autorizam a renegociação de dívidas com os fundos de investimentos regionais da Amazônia (Finam), do Nordeste (Finor) e com os fundos de financiamento do Norte (FNO), do Nordeste (FNE) e do Centro-Oeste (FCO), no Congresso, consideradas essenciais para a recuperação econômica nessas regiões.

 

As MPs foram acompanhadas de perto pela CNI e FIERN, como lembrou o presidente da Confederação, e teve o apoio direto do ministro Rogério Marinho. “As MPs irão permitir a recuperação das empresas dessas regiões, ao facilitar a renegociação, uma demanda que vem há décadas e que, hoje, com o ministro e o atual governo poderá ser sancionada pelo presidente Bolsonaro”.

 

O presidente da FIERN, Amaro Sales, destacou que as MPs 1.016 e 1.017 têm o impacto de contemplar mais de 300 mil empresas, que poderão renegociar e retomar suas atividades. E agradeceu o empenho do ministro e do presidente da República.

 

 

 

Para Amaro Sales, as perspectivas são de crescimento da economia este ano, mesmo com a pandemia. Mas para isso é preciso que o Brasil e o Rio Grande do Norte apostem na reindustrialização. “Transcrevo Robson Braga ao dizer que ninguém fará um País forte sem uma indústria forte. E acrescento que ninguém fará um Rio Grande do Norte mais forte sem considerar a força de nossa indústria”, enfatizou.

 

A atividade industrial no RN responde por 19,1% do PIB estadual e por 31% das exportações, além do alto potencial em agregar valor, no uso da tecnologia e em buscar soluções a partir de uma demanda social.

 

Amaro Sales defendeu ainda a necessidade de reformas estruturantes que promovam a melhoria do ambiente de negócios. “Precisamos da consolidação das reformas. A tributária para simplificar e diminuir o tamanho do custo tributário. Administrativa, porque precisamos de um Estado mais barato, eficiente e menos burocrático. E política para termos regras perenes, fortalecimento dos partidos políticos e coincidência de mandatos”, pontuou.

 

Criação de fundo de investimentos é anunciado por Rogério Marinho

O ministro do Desenvolvimento Regional Rogério Marinho anunciou, durante a webconferência do Dia da Indústria, a edição de uma nova Medida Provisória para criação de um fundo de investimentos voltado às Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste do país, que permitirá criar consórcios municipais que venham, por meio de leilões à iniciativa privada, viabilizar projetos nas áreas de saneamento básico, mobilidade e segurança hídrica.

 

 

Segundo Marinho, uma carteira de mais de R$ 1 trilhão que precisa ser estruturada. Sendo, R$ 700 bilhões para obras de saneamento, 200 bilhões em mobilidade e mais R$ 150 bilhões em obras hídricas.

 

Além de contemplar a redução de taxas dos fundos constitucionais, com a liberação, em quatro anos, de R$ 8,5 bilhões, para fortalecimento da política dos fundos constitucionais.

 

“Continuaremos avançando em uma série de ações. Reafirmo o meu empenho e compromisso em dar as condições necessárias para que o Semiárido Nordestino, tenha a segurança hídrica para se desenvolver, de forma definitiva e estruturante”, disse.

 

Neste setor, o ministro pontuou ainda o andamento de projetos executivos das adutoras do Seridó, de Piquiri e Apodi, no Rio Grande do Norte. Esta última terá, no mês de junho, a ordem de serviço para início das obras no âmbito do 4º eixo de transposição das águas do Rio São Francisco, que beneficiará dez municípios do Alto Oeste Potiguar.

 

Por Sara Vasconcelos, Unicom/FIERN