Presidente da FIERN destaca avanço para o estado sediar primeiro cluster naval do Nordeste

12/09/2022   18h14

 

 

O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte (FIERN), Amaro Sales de Araújo, destacou, durante reunião da Comissão Temática de Energias Renováveis (COERE), o avanço para Estado ser o primeiro do Nordeste e o terceiro do Brasil a ter um “cluster tecnológico naval”. Os clusters são associações de empresas, instituições e governos em busca de soluções para potencializar atividades econômicas ligadas ao mar, como a energia, a pesca oceânica e outras indústrias. “Há a busca pela sustentabilidade em um modelo como esse”, disse.

 

Também presidente da COERE, Amaro Sales lembrou da visita feita à Empresa Gerencial de Projetos Navais (EMGEPRON), no Rio de Janeiro, em que, além do projeto do cluster, foi apresentado o potencial offshore do RN. “Nossa proposta é para abrir no Nordeste a discussão da economia do mar, também conhecida como a economia azul”, disse.

 

Ele comentou a visita feita à sede da empresa foi uma “grata surpresa” tendo em vista que muitas pessoas envolvidas no cluster naval do Rio de Janeiro participaram do encontro e puderam conhecer mais do potencial existente no Rio Grande do Norte.

 

Amaro Sales informou que a Federação é quem vai liderar este movimento e ressaltou ser um “momento importantíssimo para o estado”. Ele ressaltou que há uma documentação a ser produzida no tocante ao cluster tecnológico naval. O diretor regional do SENAI-RN, Rodrigo Mello, informou que já está ciente desses documentos e está estudando as informações para finalizar o conteúdo.

 

Linha de financiamento para energias

Ainda durante a reunião da COERE, foi apresentado a sondagem do Índice de Confiança das Energias Renováveis (ICER) pelo gerente técnico do MAIS RN, Pedro Albuquerque.

 

O ICER é um indicador trimestral e segue a linha de metodologia como a que Confederação Nacional da Indústria (CNI) utiliza nas indústrias de construção e extração, que é o Índice de Confiança do Empresário Industrial. “Dada a importância das energias renováveis no Rio Grande do Norte, acompanhar o sentimento e a confiança do setor aqui no estado”, declarou.

 

Pedro informou que essa é a segunda coleta de dados e a primeira ocorreu há três meses. “A confiança da indústria brasileira caiu muito pouco, praticamente uma estabilização. Diferente da tendência do Brasil, a indústria do RN teve um crescimento de 1,25%”, informou.

 

Já em outra pauta, a reunião tratou de uma possível linha de financiamento da Agência de Fomento do Rio Grande do Norte (AGN) para energias renováveis.

 

O diretor da AGN, Juliano Porciúncula, disse que a Agência “é parceira da iniciativa privada” e citou o programa de microcrédito dentro de “suas limitações”.

 

Ele falou que a AGN está aberta para receber propostas e conversar sobre a viabilidade de linhas de crédito que atendam este setor da energia renovável.