Presidente da FIERN destaca oportunidades para Brasil e RN em missão nos EUA

14/05/2025   17h33

O presidente da FIERN, Roberto Serquiz, destacou as perspectivas promissoras para o Brasil e, particularmente, para o Rio Grande do Norte, identificadas durante a missão da Confederação Nacional da Indústria (CNI) nos Estados Unidos. A análise positiva ocorre mesmo diante do cenário global marcado por transformações econômicas e tensões geopolíticas.

 

“Percebemos claramente que, apesar das significativas mudanças na economia global e dos riscos decorrentes dos atuais conflitos geopolíticos, existem oportunidades relevantes para o Brasil e para o Rio Grande do Norte”, declarou Roberto Serquiz, após participar do Brazil Summit, evento promovido pelo jornal Financial Times em parceria com a CNI, nesta quarta-feira (14), em Nova York (EUA).

 

O presidente da FIERN ressaltou a visão otimista apresentada em dois painéis durante a missão. “Neste momento da nossa agenda nos Estados Unidos, dois painéis trouxeram uma perspectiva bastante positiva para o nosso país”, pontuou. Ele ressaltou a importância estratégica do Brasil, incluindo o Rio Grande do Norte nesse contexto. “Nessa perspectiva, incluo o Rio Grande do Norte por sermos os maiores geradores de energia eólica onshore no processo de transição energética”, explicou.

 

Roberto Serquiz também repercutiu as avaliações do presidente da CNI, Ricardo Alban. “Ainda em Nova York, acompanhamos a feliz colocação do presidente Ricardo Alban, que destacou a oportunidade única para o Brasil na neoindustrialização mundial, a partir da agregação de valor às nossas commodities, o que pode ser um importante ponto de partida”, afirmou. “Portanto, esta missão tem sido muito rica, proporcionando reflexões importantes com a participação de autoridades, especialistas e da imprensa”, completou.

 

Durante sua participação no Brazil Summit, Ricardo Alban defendeu a busca por complementariedade em vez de confronto, a valorização das exportações e o aproveitamento das vantagens competitivas do país, com foco na economia verde. Para ele, esses são pontos cruciais para destravar o potencial sustentável do Brasil.

 

 

Presidente da CNI ressalta necessidade de colaboração

 

Ricardo Alban apontou a necessidade de colaboração entre governo, indústria e outros setores para gerar mais oportunidades, prosperidade econômica, inclusão social e um legado ambiental positivo.

 

O presidente da CNI também defendeu a racionalidade na busca por competitividade, sugerindo parcerias pragmáticas e setoriais entre países, evitando debates repetitivos e ideológicos. Ele citou a produção de etanol para Combustível Sustentável de Aviação (SAF) como exemplo de potencial parceria com os Estados Unidos.

 

Sobre a relação com a China, Alban afirmou que o setor industrial brasileiro busca uma nova dinâmica, além do fornecimento de commodities, explorando vantagens competitivas em sustentabilidade e economia verde, inclusive no processamento de minerais críticos e produtos agropecuários.

 

Ao abordar medidas de salvaguarda e antidumping, Alban defendeu que sejam racionais e setoriais, evitando o protecionismo ineficiente, mas garantindo condições mínimas de competitividade para a indústria brasileira frente ao parque industrial chinês.

 

Alban também citou a importância de políticas públicas racionais em áreas como a educação para o sucesso industrial, com foco em qualidade, produtividade e responsabilidade.

 

A missão da CNI prossegue em Boston, onde os representantes brasileiros participarão de um briefing sobre inteligência artificial e transição energética no Massachusetts Institute of Technology (MIT) e visitarão o campus da Universidade de Harvard.