Presidente do Sindleite/RN destaca fortalecimento da indústria do leite e distribuição de produtos potiguares para todo o país

2/06/2022   12h00

 

A indústria do leite no Rio Grande do Norte, vai passar, a partir deste ano, a contar com seis empresas com selos de inspeção que permitem a venda dos produtos potiguares em todo território nacional. A informação é do presidente do Sindicato das Indústrias de Laticínios e Produtos Derivados do Estado do Rio Grande do Norte (Sidleite-RN), Túlio Antônio Gurgel Veras.

 

“O setor é muito forte para nossa economia, existe produção de leite em mais de 90 % dos municípios do RN, temos indústrias em todas as regiões do estado, atualmente existem duas indústrias com selo de Inspeção Federal, o que lhes permite vender seus produtos para todo Brasil, uma delas exporta produtos de búfala, recentemente foram entregue três selos do Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (SISBI-POA), e tem outro para ser liberado em breve. Tudo isso é promissor, vão ser mais empresas levando nossa produção para os brasileiros, isso vai demandar por mais leite, crescendo assim a economia do nosso estado”, diz o presidente.

 

O setor comemorou ontem, 1º de junho, o Dia Mundial do Leite. A data foi criada em 2001, pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO/ONU, sigla em inglês), com o objetivo de incentivar o consumo de lácteos à população mundial. “Um dia muito importante para nós seres humanos, estamos falando do dia do leite um produto nobre, saudável, ingrediente principal dos queijos, coalhadas, iogurtes, manteigas e outros derivado”, afirma Túlio.

 

No Brasil, a data ganha cada vez mais força diante da importância do leite para a economia do país. “Fazemos parte da sexta indústria do Brasil que mais gera emprego e renda. O Brasil é o terceiro produtor mundial de leite. Tudo isso é muito satisfatório para nós que fazemos a cadeia produtiva do leite”, reforça.

 

Túlio explica ainda que, apesar das adversidades, o setor leiteiro é muito forte no Rio Grande do Norte. “Tivemos muitos desafios na última década, um ciclo longo de secas, foram oito anos de seca seguidos, um de chuva e no décimo a maior seca na região agreste dos últimos 100 anos. Somado a dois anos de pandemia e uma guerra que estourou nossos custos de produção, assim como em outras cadeias produtivas, estamos vivenciando desafios diários, porém o Brasil ainda é o terceiro produtor de leite do mundo, sendo a cadeia produtiva do leite a 3 em geração de emprego e renda no Brasil”, enfatiza.

 

O leite está entre os seis primeiros produtos mais importantes da agropecuária brasileira, ficando à frente de produtos tradicionais como café beneficiado e arroz. O Agronegócio do leite e seus derivados desempenha um papel relevante no suprimento de alimentos e na geração de emprego e renda para a população.  “A cada 50 litros de leite produzido se gera um emprego, temos uma responsabilidade econômica e social muito grande, manter o homem no campo com vida digna e uma delas”, detalha.

 

Negócio rentável

 

Além dos benefícios para a população, leite é um bom negócio para o investidor. De acordo com Túlio, a cadeia produtiva do leite é um negócio rentável, e de rentabilidade rápida, com rápido retorno financeiro. “Ao investir no leite, temos um retorno de capital muito rápido, pois a vaca produz leite de 2 a 3 vezes ao dia, significa dizer que sua receita é diária, movimenta a economia dos interiores semanalmente e ou quinzenalmente”.

 

“Imagina quando os investidores tiver aqui ‘compost barn’ produzindo leite e adubo, será a segunda renda para o produtor, adubo que hoje está com preços elevadíssimos”, acrescenta.

 

Ele chama atenção para o fato que, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), são recomendadas três porções diárias de leite. A OMS diz que o leite é um alimento completo, fonte de proteínas, carboidratos, fósforo, potássio, zinco e vitaminas A, D, B2 e B12.

 

“É a melhor fonte alimentar de cálcio. Sem dúvida alguma, além de ter grandes quantidades do mineral, o cálcio presente no leite é muito mais facilmente absorvido por nosso organismo do que as fontes vegetais alternativas. Previne osteoporose e contribui com a prevenção de doenças, além de prevenir a perda óssea e controlar o nível de colesterol no sangue, o consumo de lácteos foi relacionado à menor incidência de doenças do coração, como a hipertensão, então devemos consumir sim leite e seus derivados, é um alimento saudável”, intertextualiza com a OMS.

 

Rico em proteína e carboidrato, o leite é considerado o principal alimento fonte de cálcio para a nutrição humana. Para suprir as necessidades diárias de cálcio, a FAO/ONU recomenda consumir três porções de lácteos por dia ou 1000 mg. O ideal é ingerir um copo de 200 ml da bebida, uma fatia de queijo de 50 gramas e um iogurte. Os dados são da Embrapa Gado de Leite, IBGE, CNA e Milkpoint.

 

Retomada da demanda

 

Sobre o ano de 2022, Túlio diz que iniciou com muita esperança, apesar de ter começado ainda com o mercado travado. “Mas vimos uma esperança no fim do túnel, que graças a Deus tem se confirmado. Vemos a demanda reprimida sendo retomada, alguns ganhos aqui no estado para o nosso setor”, conclui o industrial.