Produção industrial potiguar modera crescimento em setembro, aponta SONDAGEM/FIERN

25/10/2021   14h51

 

A Sondagem das Indústrias Extrativas e de Transformação do Rio Grande do Norte, elaborada pela FIERN em parceria com a CNI, mostra que a produção do conjunto da indústria potiguar registrou novo aumento em setembro, conforme indicador de 51,0 pontos, embora mais moderado do que no levantamento de agosto. Destaque-se que este é o quinto mês consecutivo em que os empresários potiguares apontam expansão da produção frente ao mês anterior. Acompanhando o menor incremento da produção, o nível médio de utilização da capacidade instalada (UCI) caiu três pontos percentuais, passando de 75% para 72%, e foi considerado pelos empresários consultados como abaixo do usual para meses de setembro. Adicionalmente, o emprego industrial registrou crescimento (indicador de 52,2 pontos), ainda que em menor ritmo do que na Sondagem de agosto. Além disso, os estoques de produtos finais ficaram estáveis e abaixo do nível planejado pelo conjunto da indústria.

 

Todos os índices de expectativas recuaram em outubro de 2021. Os empresários ainda esperam aumento na demanda, no número de empregados e nas compras de matérias-primas nos próximos seis meses, mas o otimismo se reduziu, comparativamente ao levantamento de setembro. Todavia, preveem queda nas exportações (indicador de 44,8 pontos). A intenção de investimento, por sua vez, voltou a cair – recuo de 4,8 pontos na passagem de setembro para outubro e de 1,0 ponto em relação a igual mês de 2020.

 

No terceiro trimestre de 2021, tanto a margem de lucro operacional como a situação financeira foram avaliadas como insatisfatórias pelos empresários industriais potiguares; e o acesso ao crédito segue difícil. Ademais, os empresários avaliaram os preços médios das matérias-primas como mais elevados do que no trimestre anterior.

Os principais problemas do trimestre, na opinião dos empresários potiguares, continua sendo a falta ou alto custo da matéria-prima – pelo quinto trimestre consecutivo -, seguida pela elevada carga tributária, pela falta ou alto custo de energia, pela taxa de câmbio e pelas dificuldades na logística de transporte.

 

Quando comparados os dois portes de empresa pesquisados, observam-se, em alguns aspectos, comportamentos diferenciados. As indústrias de pequeno porte apontaram aumento na produção; UCI efetiva igual ao usual para o período; estoques de produtos finais abaixo do planejado; e se mostraram insatisfeitas com a margem de lucro e a situação financeira de suas empresas. Já as médias e grandes empresas assinalaram estabilidade na produção; utilização da capacidade abaixo do usual para meses de setembro; estoques dentro do nível desejado; avaliaram como satisfatório seu lucro operacional; e apontaram como boa sua situação financeira.

 

Comparando-se os indicadores avaliados pela nossa Sondagem Industrial com os resultados divulgados em 22/10 pela CNI para o conjunto do Brasil, observa-se que, de um modo geral, as avaliações convergiram, com a diferença de que na indústria nacional a produção ficou estável (indicador de 50,0 pontos); a utilização da capacidade instalada manteve-se em 72% na passagem de agosto para setembro; a situação financeira das empresas foi considerada boa; e os empresários têm expectativas otimistas em relação às exportações nos próximos seis meses.

 

EVOLUÇÃO MENSAL DA INDÚSTRIA

Os resultados da Sondagem das Indústrias Extrativas e de Transformação do Rio Grande do Norte, realizada entre os dias 1º e 15 de outubro de 2021, mostram que a produção industrial do conjunto do setor registrou nova alta em setembro – a quinta consecutiva -, ainda que em menor intensidade do que em agosto.

 

O indicador de evolução da produção decresceu 5,8 pontos em setembro de 2021, passando de 56,8 para 51,0 pontos, porém se mantem acima da linha divisória de 50 pontos, revelando moderação em relação crescimento do mês anterior. Na comparação com setembro de 2020, o índice caiu 6,7 pontos (57,7 pontos). O indicador das pequenas empresas ficou em 54,2 pontos, revelando crescimento da produção (contra 52,1 pontos da Sondagem de agosto). Já o das médias e grandes passou de 58,3 para 50,0 pontos, mostrando estabilidade da produção comparativamente ao levantamento anterior.

 

Para mais informações, acesse Sondagem das Indústrias Extrativas e de Transformação do RN