Os desafios e possibilidades do novo Marco do Saneamento e da Política Nacional de Resíduos Sólidos foram os principais assuntos da visita desta quarta-feira do secretário nacional de Saneamento, Pedro Maranhão, à Casa da Indústria, onde se reuniu com o presidente da FIERN, Amaro Sales de Araújo, e os diretores da Federação Roberto Serquiz, Vilmar Pereira, Sílvio Bezerra e Sérgio Freire.

 

“Os investimentos que teremos, no país, em água, esgoto e resíduos sólidos garantem grande potencial para alavancar o desenvolvimento e fico muito satisfeito com a disposição e interesse que, neste encontro, foi demonstrado pelo empresariado do Rio Grande do Norte”, afirmou Pedro Maranhão.

 

Ele explicou que os Estados precisam criar os blocos regionais para fazer novas licitações de água e esgoto, com participação das atuais companhias que operam os sistemas em funcionamento ou com a atração de capital privado. “Isso pode significa ampliação de recursos”, comentou.

 

Pedro Maranhão citou o exemplo do Rio de janeiro, onde, na Baixada Fluminense, trinta municípios vão receber investimentos de R$ 29 bilhões para esgotamento sanitário e abastecimento de água. Além disso, o Estado recebeu R$ 22 bilhões referentes a outorga. Em Alagoas, houve o leilão da Região Metropolitana que assegurou R$ 3 bilhões em investimentos e o governo estadual levou 2 bilhões da outorga. “O Rio Grande do Norte não pode ficar fora deste boom de investimentos”, disse.

 

O secretário também destacou que há chances de atrair recursos para o tratamento de resíduos sólidos. Hoje ele terá uma reunião em Caicó, onde deverá tratar da formação de um consócio região para esse tipo de serviço.

 

“Tivemos um diálogo sobre o marco regulatório do saneamento, um assunto importante para o Rio Grande do Norte, com a participação direta de sindicatos representativos da indústria, como os de Resíduo Sólido e da Construção Civil. Trata-se de um tema que tem amplo alcance econômico e social, por isso, é tão relevante e oportuno estreitar esse relacionamento com a Secretaria de Saneamento, que é vinculada ao Ministério do Desenvolvimento Regional”, disse.