Síntese Novo CAGED – Maio de 2020

2/07/2020   12h22

 

Os dados do Novo CAGED assinalam retração no emprego com carteira no Rio Grande do Norte durante os cinco primeiros meses de 2020. Como explicação, tem-se a baixa sazonal típica do primeiro semestre, mas, sobretudo, o impacto da pandemia do coronavírus, que tem o distanciamento social como principal meio de prevenção de contágio, e obrigou o país inteiro a quarentenas renovadas desde o mês de março.

 

 

Em maio, foram encerrados 3.027 contratos de trabalho, o que representa uma moderação relativamente ao mês anterior, quando foram cortadas 8.958 vagas. Todos os grandes agrupamentos de atividades sofreram baixas de emprego em maio. A maior delas ocorreu nos Serviços (-1.573), seguida do Comércio (-743), Indústria (-700) e Agropecuária (-11). Destaque-se que, nos Serviços, as atividades de Alojamento e alimentação sofreram o maior volume de cortes (-947).

 

 

No acumulado janeiro-maio, tem-se um total de 17.742 empregos eliminados em todas as atividades no estado.

 

 

Ainda em termos do conjunto da economia, o Novo CAGED mostra que este foi o pior maio para o emprego com carteira, desde 2006. Mas considerando a série mensal iniciada em junho de 2019, o resultado de maio (-3.027) é menos desfavorável do que o de dezembro de 2019 (- 3.133) e o de abril último (-8.958).

 

 

A Indústria

A indústria (incluindo a construção) registrou um saldo negativo de 700 vagas em maio. Observando-se a trajetória do emprego com carteira desde o início da Covid-19, constata-se que o impacto sobre o setor foi relativamente brando quando comparado ao do conjunto da economia. Na verdade, este não foi o pior maio para o emprego industrial, tomandose por base série histórica iniciada em 2006, mas o quinto, atrás dos resultados de 2016 (-827), 2015 (-1.446), 2014 (-1.390) e 2012 (-1.138).

 

 

Todavia, é preciso enfatizar que a indústria atravessa uma crise estrutural de longo prazo, que já perdura quase uma década, e apenas dava mostras de recuperação nos últimos meses quando foi atingida pelos efeitos da pandemia. Mas levando-se em conta o balanço acumulados dos últimos 12 meses, enquanto o saldo do emprego com carteira da indústria foi positivo em 277 vagas, o conjunto da economia eliminou -6.956 empregos.

 

 

No que diz respeito aos principais destaques do setor, os positivos – embora modestos em número de atividades e volumes – foram registrados pela Fabricação de concreto, cimento e fibrocimento (+123); Manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (+32) e Fabricação de resinas e elastômeros (+15). Por outro lado, os saldos mais negativos foram assinalados pelas indústrias de Confecção do vestuário e acessórios (-271); Alimentos (-109); Extração e refino de sal marinho (-83) Atividades de apoio à extração de petróleo e gás (-78); Construção (-71) e Extração de petróleo e gás (-26).

 

 

No acumulado janeiro-maio, a indústria do Rio Grande do Norte acumulou um saldo negativo de -2.343 vagas; Quanto à localidade, nos primeiros cinco meses do ans, Alto do Rodrigues (+329), Serra do Mel (+223), João Câmara (+218) e Pedra Grande (+196), assinalaram os maiores saldos de contratações, enquanto Natal (-7.856), Mossoró (-3.383), Baía Formosa (-1.277) e Apodi (- 1.032) registraram as maiores perdas.

 

 

Rio Grande do Norte

Saldo total negativo no mês -3.027

Serviços = -1.573

Comércio = -743

Indústria = -700

Agropecuária = -11

 

 

Mais informações, acesse https://www.fiern.org.br/wp-content/uploads/2020/07/GED.CITSMART.REC_FROM_GED_2932.pdf