Sistema FIERN participa do Fórum Nacional Eólico – Carta dos Ventos 2017

28/06/2017   10h11

As possibilidades de novos investimentos na geração de energia renovável, com ampliação os parques eólicos e solares instaladas principalmente em estados com o Rio Grande do Norte, que tem vocação para o setor, foi um dos principais assuntos em discussão na abertura Fórum Nacional Eólico – Carta dos Ventos 2017, em Natal. O Fórum começou na terça-feira e prossegue nesta quarta (28), na Escola de Governo, com a participação de diretores e gestores do Sistema FIERN.

 

O vice-presidente do Sistema FIERN, Pedro Terceiro; o secretário de Desenvolvimento Econômico, Flávio Azevedo; o presidente da Comissão de Energia Renovável da Federação das Indústrias, Sérgio Azevedo; o diretor de Operações do SENAI-RN, Emerson Batista; o presidente do Sindicato da Indústria de Instalação e Manutenção de Redes, Equipamentos e Sistemas de Telecomunicações do RN, Alberto Serejo; e a diretora executiva do CTGÁS-ER, Cândida Amália Aragão, participaram da abertura do Fórum.

 

“Não fosse compensada pela consolidação da energia eólica, nós estaríamos passando por uma crise energética muito ruim, com o risco de racionamento e até mesmo apagões”, a afirmação é do presidente do Centro de Estratégias em Recursos Naturais e Energia (CERNE), Jean-Paul Prates, que abriu a nona edição do Fórum Nacional Eólico – Carta dos Ventos 2017, em Natal.

 

Estiveram também presentes empresários do setor de todo país, autoridades políticas, secretários de Estado e sociedade. Na ocasião, Prates prestou homenagem à ex-governadora Wilma de Faria, justificando que sua gestão contribuiu para a instalação dos primeiros empreendimentos eólicos em território potiguar.

 

O governador Robinson Faria anunciou, na ocasião, a liberação da licença do linhão Esperanza (500KV), após uma espera de seis anos. O trecho vai passar por 14 municípios e escoar toda a energia do RN para fora do estado. Faria destacou a importância do Fórum como o centro para o debate especializado a cerca dos rumos do uso da energia renovável.

 

A presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeolica), Elbia Gannoum, afirmou que a fonte é a segunda mais competitiva da matriz energética. No ano passado, os investimentos no setor cresceram 23% em relação ao ano anterior, um incremento de aproximadamente R$18 bilhões de reais. “Temos cerca de R$20 bilhões em carteira de investimentos para renováveis. O Brasil tem se mostrado um lugar extremamente atrativo para o setor eólico”, destacou Gannoum.

 

A Bahia é o segundo maior estado brasileiro produtor de energia eólica, ficando atrás apenas do Rio Grande do Norte, atual líder no ranking. O Secretario de Desenvolvimento Econômico da Bahia, Paulo Guimarães, destacou que entre as fontes de geração de energia disponíveis no Estado, a eólica tem se mostrado estrategicamente mais vantajosa, em especial no semiárido baiano. “A atividade tem gerado emprego e renda nessa região e, por isso, estamos empenhados em buscar cada vez mais atrair investidores que queiram instalar parques eólicos no semiárido”.

 

O presidente da Eletrobrás Chesf, Sinval Zaidan, destacou que a empresa tem como visão para o futuro uma nova política do uso da água. Grande parte da bacia hidrográfica do Rio São Francisco é utilizada para geração de energia. “Esta nova politica vai fazer com que os reservatórios que estão em situação crítica sejam restabelecidos e a água será cada vez menos utilizada, prioritariamente, para gerar energia elétrica”, afirmou Zaidan.