A crise provocada pelo novo coronavírus também provocou impactos na indústria potiguar. É o que se constatam as Sondagens Especiais – Impactos do Coronavírus na Indústria da Construção Potiguar, e também na Extrativa e de Transformação.
Ambas foram realizadas no período de 1º a 14 de abril, em parceria com a CNI, e contou com 12 e 24 participantes respectivamente.
Confira abaixo das informações de cada sondagem:
A pandemia do novo coronavírus e a necessidade de adoção de medidas de distanciamento social como principal forma de prevenção provocou impactos na econômica global, com a parada ou desaceleração súbita de muitas atividades. No Brasil, a indústria é um dos setores a enfrentar situação mais crítica. O Rio Grande do Norte segue a mesma tendência. Com o intuito de avaliar o impacto em diferentes áreas das empresas industriais, a FIERN realizou, em parceria com a CNI, a Sondagem Especial – Impactos do Coronavírus, entre os dias 1o e 14 de abril de 2020. A consulta a empresas do potiguares contou com uma amostra de 26 participantes e foi efetuada juntamente com a Sondagem da Indústria Extrativa e de Transformação de março.
A pesquisa mostra que até o final de março, 90% das indústrias do estado já tinham sentido algum impacto negativo. Ressalte-se que, até o período da consulta, as medidas de afastamento social estavam apenas se iniciando em todo o país, mas a indústria já sentia os efeitos das quarentenas da China – efetivadas em janeiro – em algumas cadeias de suprimento. No Rio Grande do Norte, o distanciamento individual foi decretado, oficialmente, no dia 23 de março e tem continuidade nos dias atuais.
A interdependência das etapas da atividade econômica, que compreende a interação entre produtores e consumidores, faz com que os impactos provocados pela crise do coronavírus atinjam a indústria pelo lado da oferta e da demanda. Esses efeitos foram detectados no Rio Grande do Norte. As dificuldades na aquisição de insumos e matérias-primas (78,8%) e/ou na logística de transporte destes fatores (72,7%) afetam a produção (67,6%) das empresas. Na sequência, as indústrias são atingidas pela queda na demanda por seus produtos (72,7%). É importante ressaltar que as perdas de emprego e a diminuição da renda das famílias são coadjuvantes do último aspecto.
As consequências imediatas desse processo são queda no faturamento das empresas (58,1%) e dificuldades para efetuar pagamentos de rotina (78,3%), como tributos, fornecedores, salários, energia, elétrica, alugueis, etc.
Considerando os portes empresariais pesquisados, a Sondagem das Indústrias Extrativas e de Transformação também captou intensidades distintas de impacto em alguns aspectos. As pequenas empresas têm sido atingidas com mais força pela queda na demanda (91,0%) e na produção (90,9%) do que as médias e grandes (66,7% e 60,0%, respectivamente). Estas, por sua vez, são afetadas com maior ênfase pelas dificuldades de aquisição de insumos e matérias-primas (86,7%), pela logística de transportes (78,6%) e nos problemas de disponibilidade financeira para efetuar pagamentos de rotina (80,0%), contra assinalações de 54,6%, 54,6% e 72,8% das pequenas empresas, respectivamente.
Os resultados referentes ao conjunto do país, divulgados hoje, 14/05 pela CNI apontam convergência com os potiguares. Ou seja, 91% das empresas industriais brasileiras sentiram algum impacto negativo em decorrência da pandemia. A maioria também reportou queda na demanda (76%); dificuldades na aquisição de insumos e matérias-primas (77%). Todavia, é importante destacar que os dados consolidados da CNI incluem a Construção Civil, enquanto a FIERN elaborou análises separadas para cada segmento industrial e optou por detalhar alguns resultados das Extrativas e Transformação por porte.
Indústria potiguar sofre impacto negativo
De cada dez indústrias do Rio Grande do Norte, nove percebem os efeitos desfavoráveis do novo coronavírus em suas atividades. Ou seja, 90% das empresas sofrem algum impacto negativo da pandemia. Destas, 24,6% sentem o impacto com muita intensidade; e a maioria o sente com pouca (36,5%) ou média intensidade (28,5%). Apenas 5,1% das empresas consultadas se declaram positivamente impactadas pelos efeitos da pandemia, mas todas com pouca intensidade, enquanto outras 5,1% não sentem impactos.
Clique aqui e confira a Sondagem Especial do RN na íntegra.
Clique aqui e confira a íntegra da Sondagem Especial da Indústria da Construção Civil