Sondagem/FIERN: Produção industrial potiguar cai em novembro

20/12/2019   15h12

 

 

A Sondagem das indústrias Extrativas e de Transformação do Rio Grande do Norte, elaborada pela FIERN, revela que, no mês de novembro, a produção industrial potiguar voltou a cair, após ter registrado aumento nos meses de julho, agosto e outubro, e ficado estável em setembro. Recuo na produção no mês de novembro são a tendência usual da indústria, quando as encomendas de fim de ano já foram concluídas. Porém, também se observou um recuo do indicador de produção em relação a novembro de 2018. Acompanhando o desempenho negativo da produção do penúltimo mês do ano, o nível médio de utilização da capacidade instalada (UCI) caiu de 74% para 72% na passagem de outubro para novembro, tendo sido considerada pelos empresários como abaixo do padrão usual para o período. Tal comportamento da UCI se mantém desde agosto de 2018.

 

 

O índice de evolução do número de empregados continuou abaixo dos 50 pontos, apontando queda do emprego industrial na comparação com o mês anterior, situação que se repete desde outubro de 2017. Além disso, os estoques de produtos finais diminuíram, e ficaram abaixo do nível planejado pelo conjunto da indústria. No que tange às expectativas para os próximos seis meses, os empresários encontram-se otimistas no que diz respeito à evolução da demanda, das compras de matérias-primas e das exportações, embora prevejam queda no número de empregados. A intenção de investimento, por sua vez, voltou a subir.

 

 

Quando comparados os dois portes de empresa pesquisados, observam-se, em alguns aspectos, comportamento divergente. As pequenas indústrias apontaram aumento na produção, utilização da capacidade acima do usual para o mês, estoques de produtos finais em queda e abaixo do planejado. As expectativas dos empresários deste porte são de estabilidade no número de empregados e aumento nas exportações nos próximos seis meses. As médias e grandes empresas, por sua vez, assinalaram queda na produção e no pessoal ocupado; e avaliaram os estoques de produtos finais como estáveis, porém acima do nível desejado. As perspectivas em relação aos próximos seis meses, são de retração no número de empregados e estabilidade na quantidade exportada dos produtos.

 

 

Comparando-se os indicadores avaliados pela nossa Sondagem Industrial com os resultados divulgados em 19/12 pela CNI para o conjunto do Brasil, observa-se que as avaliações divergiram nos principais aspectos, uma vez que, no conjunto do país a produção cresceu, inclusive em relação a novembro de 2018; o número de empregados ficou estável, os estoques de produtos finais ficaram dentro do planejado pelas empresas. Além disso, os empresários nacionais preveem aumento no número de empregados nos próximos seis meses.

 

 

Confira a Sondagem Industrial na íntegra: https://www.fiern.org.br/wp-content/uploads/2019/12/SONDIND_nov19.pdf