O Plano Regional de Desenvolvimento do Nordeste ganhou novas contribuições na última sexta-feira (08). O dia foi dedicado à consolidação de linhas de ação e recomendações setoriais construídas por servidores da Sudene no decorrer de uma capacitação realizada nos meses de abril e maio sobre políticas públicas e desenvolvimento regional. Divididos em equipes, os técnicos da autarquia apresentaram diagnósticos sobre temas estratégicos para a consolidação das ações previstas pelo PRDNE.

 

Coube ao vice-governador de Pernambuco, Raul Henry, comandar, pela manhã, a palestra de abertura dos trabalhos. O gestor foi convidado pela Sudene para debater as experiências do estado na área do desenvolvimento econômico. Henry explicou que as ações adotadas em meio ao período de ajustes na economia nacional buscaram valorizar as vocações econômicas do estado, diversificando a gama de atividades produtivas.

 

Ao abordar a questão regional, Raul Henry avaliou que a agenda para o fortalecimento das vocações econômicas e do desenvolvimento social do Nordeste deve preocupar-se com as questões de infraestrutura, formação de capital humano e organização das instituições de fomento ao desenvolvimento. E defendeu, ainda, que é preciso mobilizar os agentes políticos em favor do PRDNE. “São temas incontornáveis que fazem parte da experiência de desenvolvimento econômico no mundo. E vejo que a Sudene tem condições de realizar uma grande mobilização junto às lideranças políticas por esta agenda”.

 

Trabalho coletivo – No período da tarde, os grupos formados durante a capacitação realizada na Escola de Inovação e Políticas Públicas (EIPP) da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) fizeram a apresentação de propostas de ação considerando os temas que integrarão o Plano Regional de Desenvolvimento do Nordeste. As linhas analisadas pelas equipes foram: habitação; setores agropecuário e agroindustrial; educação; recursos hídricos e meio ambiente; ciência, tecnologia e inovação; desigualdades de renda; infraestrutura e economia.

 

 

Coordenador de Cooperação e Articulação de Políticas da Sudene, o economista José Farias explica que os eixos temáticos consideraram o disposto na Lei Complementar 125, que criou as bases da nova Sudene, bem como os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável propostos pela Organização das Nações Unidas (ONU). “O plano tem o grande objetivo de fortalecer as capacidades produtivas do Nordeste. A partir disso, iremos trabalhar outras agendas como educação, ciência e tecnologia, entre outros”, complementou.

 

Os técnicos da Sudene diagnosticam os desafios experimentados pelos municípios da área de atuação da Sudene para, a partir daí, construírem oportunidades de ação. Para os próximos meses, os esforços devem concentrar-se em atividades de mobilização de instituições públicas, privadas e organizações do terceiro setor para atingir as metas propostas no PRDNE. Nesse período, a Sudene prevê a realização da primeira reunião do comitê gestor de apoio ao plano de desenvolvimento. A ideia é que o documento sirva como base para a formatação de políticas públicas e orçamentos para programas a serem incluídos no próximo Plano Plurianual (PPA).